Sistema prisional do DF já soma 652 casos confirmados de coronavírus
Ao todo, houve aumento de 13 casos em 24 horas. Números levam em conta situação de detentos e de policiais penais
atualizado
Compartilhar notícia
O sistema penitenciário do Distrito Federal voltou a registrar, nesta quarta-feira (13/05), aumento no número de casos confirmados do novo coronavírus na rede prisional. Agora, o Complexo Penitenciário da Papuda soma 652 infectados.
Desse total, 468 casos tratam de presos com teste positivo para Covid-19. Além deles, há 127 policiais penais com a doença e 57 que já se curaram.
A quantidade representa um aumento de 13 casos em 24 horas. Os últimos boletins divulgados pelas secretarias de Saúde e de Seguraça Pública do DF (SSP) apontava 639 ocorrências de Covid-19 em toda rede prisional.
Em nota, a SSP afirmou que parte dos pacientes que testaram positivo ainda aguarda a contraprova. Ou seja, os números podem sofrer alterações nos próximos levantamentos. Até o momento, já foram aplicados mais de 2,6 mil testes em internos e policiais penais no DF.
Casos no 19º BPM
Conforme o Metrópoles revelou na terça-feira (12/05), o novo coronavírus já chegou ao 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM). O local, situado na Papuda, resistia como o único lugar no sistema carcerário sem registros de contaminação pelo vírus.
O cenário mudou quando o Comando-Geral da corporação confirmou o isolamento de um militar que testou positivo para o vírus na unidade.
Apesar de a PM afirmar apenas um caso, fontes policiais do batalhão ouvidas pelo Metrópoles relataram que seriam, pelo menos, cinco militares infectados.
“Temos cinco policiais afastados, mas não sabemos quantos estão realmente contaminados. Os testes estão sendo aplicados somente em quem apresenta sintomas, então não sabemos quem são os assintomáticos. O batalhão tem mais de 80 policiais”, disse o militar, que pediu para não ser identificado por temer represálias.
O 19º BPM é onde ex-policiais e ex-bombeiros condenados pela Justiça cumprem pena. Nas carceragens, também ficam presos policiais que ainda aguardam julgamento e advogados condenados ou que esperam o veredito da Justiça.