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Síndrome de Down: conheça histórias de luta, amor e dedicação

Com apoio das famílias, Luísa, Gabriel, Ylan e Walentina atravessam as barreiras do preconceito e colecionam vitórias

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“O amor não conta cromossomos”. Esta é uma das frases preferidas da professora Ana Cristina Costandrade, 55 anos, e que expressa a relação dela com a filha. Luísa Costandrade tem Síndrome de Down e é exemplo de dedicação.

A jovem (foto em destaque) tem a rotina agitada. Entre as atividades de ballet, teatro, evangelização, equoterapia e inglês, ainda atua ocasionalmente como modelo. Recentemente, formou-se no ensino médio. Agora, a adolescente pensa em cursar turismo.

“Quando ela nasceu, disseram que não precisávamos estimular, pois pessoas com Síndrome de Down não vivem muito”, conta Ana Cristina. “Foi algo triste de se ouvir, mas nós não nos deixamos abater. Sabemos que são capazes. Precisam apenas de amor e dedicação”, acrescenta a mãe de Luísa, no Dia Internacional de Pessoas com Síndrome de Down.

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Jovem tem rotina apertada e é exemplo de dedicação
Eventualmente, Luísa atua como modelo
A menina faz ballet
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Luísa Costandrade

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Ela e o marido, o auditor Odorico Ernany, 70, orientam constantemente a filha em relação ao preconceito. “A discriminação é o maior problema”, afirma. Ana Cristina diz que Luísa chegou a sofrer bullying.

Mas, em sua trajetória, encontrou também várias pessoas compreensivas e que deram o suporte adequado. “Ela nos ensina alguma coisa todo dia”, emociona-se a mãe. “O céu é o limite. Basta acreditar e abraçar a causa. Luísa é o amor em pessoa. E não é qualquer amor: é amor incondicional”, completa.

Nesta quinta-feira (21/3), o Metrópoles conta histórias de pessoas como Luísa, que superam a cada dia as barreiras do preconceito. “É um dia de vitória e de avanços, mas também de lutas”, diz Cléo Bohr, presidente da Associação Down DF.

Ela acompanha cerca de 150 famílias registradas que têm pessoas com Down e conta com o apoio de profissionais. “Elas têm procurado se informar mais e muito já foi conquistado na área da medicina. Mas ainda faltam a questão da inclusão escolar, do cuidado especial e as políticas públicas”, ressaltou.

A presidente da Organização Não-Governamental (ONG) Movimento Down, Patrícia Almeida, engrossa o coro. Tanto ela como Cléo são mães de jovens que têm a síndrome. “Não é questão apenas de visibilidade, mas de participação e inclusão”, destaca Patrícia.

Marinalva Lima, 52, relata sua experiência transformadora como mãe de criança com Síndrome de Down: “Sou outra pessoa”. Ylan Mateus nasceu há 10 anos. Nenhum diagnóstico havia apontado a síndrome durante a gestação. “Eu não esperava e não estava preparada, mas venci”, conta.

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Marinalva e Ylan

Mãe e filho têm o cotidiano conectado. Marinalva leva o menino na escola durante a semana, além das outras atividades. Em casa, estudam juntos. Ylan já sabe ler algumas palavras, inclusive em outros idiomas. Nos finais de semana, passeiam e praticam atividades ao ar livre.

“Hoje é um dia marcante e merece toda a atenção. Ainda encontramos muitas dificuldades nos atendimentos, e precisamos de mais oportunidades”, garante a mãe.

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Gabriel Lima é faixa preta em Karatê

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Gabriel Lima, 21, é faixa preta em karatê. O rapaz chegou a receber uma homenagem em um evento do Dia Internacional da Síndrome de Down no Senado nesta quinta-feira (21). “Eu venci um grande desafio. Foi muito difícil”, afirma Gabriel. Ele diz que pretende continuar com o esporte no futuro. “Estou participando de competições no DF e nacionais”, comemora.

O jovem treina desde os 9 anos. Segundo a mãe, a auditora Socorro Rosa, 56, Gabriel é a primeira pessoa com Síndrome de Down a conquistar a faixa preta – nível mais alto da arte marcial – no Distrito Federal. “Eles existem, eles são capazes”, reforça a mãe.

Coincidentemente, nesta quinta (21) é quando a pequena Walentina, que tem Síndrome de Down, completa dois aninhos. Filha de um sargento da Polícia Militar, a menina venceu diversas batalhas, entre elas, uma cirurgia cardíaca no centro médico da PM. Em vídeo divulgado, ela aparece com uniforme de policial e sorridente no colo da comandante da corporação, Sheyla Sampaio.

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