Sindicato revela preocupação com vigilantes do DF que recusam vacina
Pelo menos 6 profissionais lotados em hospitais já teriam assinado um termo de responsabilidade por terem se recusado a receber o imunizante
atualizado
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Pelo menos seis vigilantes que atuam em hospitais públicos do Distrito Federal já se negaram a receber a vacina contra a Covid-19 por motivações político-ideológicas ou mesmo religiosas. Segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp-DF), eles tiveram que assinar um termo de responsabilidade após optarem por não receber o imunizante.
“A gente não pode obrigar o funcionário e receber a vacina. O que podemos fazer, talvez, é tirar dos hospitais da Secretaria de Saúde, onde há muito contato com o vírus, e colocar em algum outro posto que tenha menos risco”, explica o presidente do Sindesp, Luis Gustavo Barra.
Até agora, não é toda a categoria que está apta a receber doses do imunizante contra o novo coronavírus. Apenas aqueles que trabalham em hospitais e estão em contato diário com possíveis infectados que podem receber a vacina, independentemente da idade do profissional.
A atitude dos vigilantes que recusaram a imunização preocupa também o sindicato que representa os trabalhadores, o Sindesv-DF. De acordo com a entidade, 48 vigilantes já morreram em decorrência da Covid-19.
“Infelizmente a gente tem visto alguma resistência contra algo que estamos batalhando muito para conseguir. Hoje já tivemos a confirmação de mais um óbito, contagem que não para”, comenta Gilmar Rodrigues, diretor do Sindesv.
Para ele, ainda há muita desinformação, o que pode acabar custando o emprego ou a vida desses trabalhadores. “A gente tem visto muitos morrendo de infarto também. Mês passado, eu vi um que morreu no posto de trabalho e estava com o kit-Covid junto dele. Estava passando mal e decidiu tomar aqueles remédios todos”, lamenta.
Nas contas do sindicato, pelo menos 2.359 vigilantes, em diversas áreas de atuação, já foram contaminados pela doença.
O que diz a Secretaria de Saúde
Procurada, a Secretaria de Saúde não se pronunciou com relação à recusa de vigilantes em tomar a vacina contra a Covid-19. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.