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Sindicato lamenta morte de médico e pede “rigor” em investigação

Luiz Augusto Rodrigues, 45 anos, foi morto com tiro na cabeça durante abordagem da PM na Asa Sul

atualizado

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1 de 1 WhatsApp-Image-2019-11-28-at-13.43.28 - Foto: Reprodução

O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) lamentou a morte do endocrinologista Luiz Augusto Rodrigues (foto em destaque), 45 anos. Disse que se solidariza com a esposa e os familiares do especialistas e esperar que o fato seja investigado pelas autoridades policiais com “celeridade e rigor”.

Luiz Augusto foi morto com tiro na cabeça durante abordagem da PM, na madrugada desta quinta-feira (28/11/2019), na Entrequadra 314/315 Sul. O soldado que fez o disparo se apresentou na 1ª Delegacia de Policia (Asa Sul) e foi liberado. Ele está afastado das ruas e recebendo apoio psicológico, segundo apurou o Metrópoles.

O crime chocou pessoas que trabalham e moram na região. “Ele era flamenguista. Estava feliz com os títulos conquistados no fim de semana e iria para o Rio de Janeiro ontem (quarta) para assistir à entrega da taça. Chegou a me mostrar a passagem e só não foi porque a companhia aérea cancelou os bilhetes. Não era nem para ele estar em Brasília”, disse um homem, que conhecia o médico e preferiu não se identificar.

A taça de campeão brasileiro foi entregue no Maracanã, na noite de quarta-feira (27/11/2019), após partida entre o Flamengo e Ceará. Por volta das 9h50, a Polícia Civil chegou ao local onde ocorreu o crime em busca de imagens que possam ajudar a esclarecer o fato.

O crime será investigado pela PCDF e pela Corregedoria da PM. Segundo testemunhas, antes de levar o tiro, Luiz Augusto Rodrigues assistia ao jogo do Flamengo no Bar e Restaurante Cabana.

O proprietário do estabelecimento disse que o médico era cliente do local há cerca de dois anos. O neto do empresário, de 15 anos, inclusive, era paciente de Luiz. “Hoje é um dia triste. Eu não estava aqui ontem (quarta) e não presenciei nada. Só hoje quando acordei recebi informações sobre tudo. Lamento. Perdi um freguês e amigo. Profissional de primeira. Uma pessoa totalmente do bem.”

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O médico Luiz Augusto Rodrigues morreu baleado
Bar onde ocorreu o caso
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Local onde o médico foi morto

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O médico Luiz Augusto Rodrigues morreu baleado

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Bar onde ocorreu o caso

Nathália Cardim/Metrópoles

 

Valcir Rodrigues de Souza, 46, trabalha com serviços gerais em um bloco residencial da 314 Sul. Ele conta que estava em uma pizzaria na quadra quando ouviu dois disparos de arma de fogo e, ao se assustar com o barulho, subiu para ver o que havia ocorrido. “Tinha uma aglomeração de gente. Em poucos minutos, cerca de 15 viaturas da PMDF já estavam no local”, destacou.

Os tiros teriam sido disparados após militares verem dois homens em atitude suspeita. Eles estavam em frente ao Teatro dos Bancários, perto de uma caminhonete.

Os policiais deram voz de abordagem e, segundo os relatos da corporação, um dos homens sacou uma arma e apontou para os PMs. O soldado reagiu e fez um disparo que acertou o médico. A vítima estava desarmada. O homem que estava com o endocrinologista é um PM reformado e portava uma arma calibre .38.

O tiro que atingiu Luiz Augusto saiu de uma carabina, da Imbel, calibre 5.56. O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou a morte no local. Segundo os socorristas, o homem foi atingido na cabeça. O soldado se apresentou na 1ª DP e, por isso, não foi preso em flagrante.

Nota da PM

Por meio de nota, a Polícia Militar afirmou que o tiro foi dado “diante do risco iminente”. Afirmou ainda que “os policiais não tiveram alternativa e efetuaram dois disparos, que atingiram um dos homens”.

Um vigilante confirmou ao Metrópoles que o médico era cliente assíduo do bar. “Quando estava indo embora, foi abordado por uma equipe da PMDF e só deu para escutar o tiro”, lembrou o homem, que pediu para não ser identificado.

Já um comerciante que trabalha na quadra relatou que o médico era simpático e sempre tratava a todos com cortesia. “Tinha o costume de sair do plantão, no Setor Hospitalar, e passar aqui onde se reunia com outros amigos. Costumava falar que tinha cumprido as tarefas do dia e queria espairecer”, acrescentou. Atualmente, o médico trabalhava na Clínica da Mama.

Outra comerciante da região, que preferiu não se identificar, comentou que estava em sua loja na hora do crime. “Ouvi um barulho e uma mulher que gritava ‘ele matou, ele matou’, quando desci para ver o que era, reconheci o dr. Luiz, já morto. A perícia chegou em minutos. Uma tragédia. Ele nunca andou armado. Não oferecia risco a ninguém.”

Um amigo da vítima comentou que o que ocorreu é “inacreditável”. “Passei pelo bar ontem, cheguei a cumprimentar o Luiz. Frequentávamos o local juntos. Era muito amigo. Um cara da paz. Ainda estou sem acreditar.”

 

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