Sindicato denuncia substituição de vigilantes por detentos em hospital
Representante da categoria afirmou que presidiário ocupava um dos postos de vigia na entrada de unidade de saúde em Ceilândia
atualizado
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Antes de a greve dos vigilantes chegar ao fim nesta segunda-feira (12/3), presidiários teriam desempenhado a função desses profissionais na segurança do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A denúncia é do sindicato da categoria. Um dos casos teria ocorrido hoje, quando um detento ocupava um dos postos de vigia na entrada de funcionários da unidade.
Segundo o sindicato, contrato de prestação de serviços firmado entre a Secretaria de Saúde (SES-DF) e a Fundação Nacional de Amparo ao Preso (Funap) prevê a cessão de internos do regime semiaberto para desempenharem trabalho de manutenção nos hospitais. No entanto, os presos estariam desviados para função irregular.
Gilmar Rodrigues, um dos diretores do sindicato dos vigilantes, disse que um detento foi flagrado sentado na entrada que fiscaliza a passagem dos funcionários que chegam ao HRC. Antes do início da greve, no último dia 28, o posto era ocupado por vigilante devidamente registrado pela Polícia Federal — a corporação regulamenta a profissão.Em nota, a SES-DF negou o desvio de atribuição e informou que “os internos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso desempenham suas funções na área de hotelaria da unidade e, eventualmente, em tarefas no almoxarifado e Farmácia do hospital, em atividades de carga e descarga de material”.
A pasta acrescentou que a segurança na unidade é feita por vigilantes, agentes de portaria e servidores vinculados à diretoria administrativa.
Histórico
Esta não é a primeira vez que o sindicato dos vigilantes denuncia a situação. Em 2016, trabalhadores divulgaram a prática irregular na mesma unidade, durante paralisação da categoria. À época, identificaram também dois internos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de plantão na portaria do Hospital Regional do Guará. A situação foi denunciada à PF.