Sindicato denuncia creche em que alunos testaram positivo para Covid
Segundo a instituição, aulas in loco estão suspensas para turma da criança com Covid-19, mas outras salas continuam em atividade presencial
atualizado
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O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares do Distrito Federal (Sinproep-DF) vai denunciar a creche Sociedade Espírita Semente de Luz ao Ministério Público do Trabalho (MPT), após alguns alunos da instituição testarem positivo para a Covid-19 e as aulas não serem suspensas.
Segundo o vice-presidente do Sinproep, Trajano Jardim, os professores da instituição não foram testados. “Os alunos que testaram positivo foram afastados, mas as aulas continuaram normalmente. Também não fizeram o teste nesses professores que continuaram trabalhando”, informou Trajano.
Turma suspensa
A diretoria da creche afirmou que apenas uma criança testou positivo para a Covid-19 e que a instituição, informada nesta quarta-feira (7/7) sobre o estado de saúde da aluna, suspendeu as aulas da turma da criança nesta quinta-feira (8/7) por 14 dias consecutivos.
“Estamos seguindo a nota técnica da vigilância sanitária. Suspendemos as aulas da turma e vamos monitorar se outros alunos vão testar positivo, mas todos dessa turma já estão na atividade remota. As outras turmas continuam com as atividades presencias, porque não houve contato de uma turma com a outra”, explicou Antônia Oliveira, diretora da instituição.
A diretora esclarece que a criança só frequentou a escola na segunda-feira (5/7) e, a partir do diagnóstico, a creche comunicou todas as famílias da turma de 13 alunos de 3 anos. Segundo Antônia, os profissionais não foram testados, mas todos receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19. “Os profissionais receberam a primeira dose e a Secretaria de Educação determinou que as aulas fossem retomadas, mesmo sem a segunda dose. Estamos seguindo os protocolos”, finalizou.
Casos de Covid-19 em escolas privadas
Em outubro do ano passado, o Sinproep testou, de forma gratuita, mais de 4 mil professores entre os dias 22 e 31. Os exames do novo coronavírus foram feitos na sede da entidade e indicaram 232 exames positivos entre os docentes.
Os testes aplicados foram de anticorpos Imunoglobulina G (IgG) e Imunoglobulina M (IgM), que detectam, por meio do sangue, se a pessoa esteve exposta ao vírus, verificando se ele está ativo ou não.
Na ocasião, foram testados positivos 189 professores para IgG, que têm anticorpos da doença. Para IgG e IgM, foram 24. Já IgM, que é quando a pessoa ainda transmite o vírus, foram 19 casos positivos.