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Síndica é presa após xingar homens gays e negros: “Viados escrotos”

Síndica de prédio, em Vicente Pires, foi presa em flagrante na manhã desta segunda-feira (18/9) após cometer atos de homofobia

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Reprodução/Google Street View
fachada 38ª DP
1 de 1 fachada 38ª DP - Foto: Reprodução/Google Street View

A síndica de um prédio em Vicente Pires foi presa em flagrante na manhã desta segunda-feira (18/9) após cometer atos de homofobia. A prisão ocorreu após as vítimas, dois amigos negros e gays, procurarem a 38ª DP (Vicente Pires) para denunciar os crimes. O nome dela não foi revelado pela polícia.

Robson Alves Castro de 35 anos, e seu amigo, Thiago Rodrigues de Sousa de 30, contam que chegaram ao apartamento de Thiago e notaram que a propriedade havia sido invadida por bandidos. O crime aconteceu enquanto eles estavam em uma festa, na madrugada de sexta (16/9) para sábado (18/9).

Após realizarem a ocorrência na tarde de domingo (17/9), o proprietário organizou a bagunça deixada pelos criminosos e decidiu pedir à síndica as imagens do condomínio para tentar identificar quem invadiu o apartamento. No entanto, segundo os amigos, eles foram xingados e receberam tratamento homofóbico por parte da mulher.

“Ela não quis liberar as imagens. Nos xingou muito e nos chamou de ‘viados escrotos’, além de ter sido racista. Falou que não nos mostraria as imagens por conta da nossa sexualidade”, disse Robson.

A Polícia Civil também não teve acesso às imagens e prendeu a síndica em flagrante por injúria preconceituosa e homofobia, sem direito a fiança.

Caso condenada, a mulher poderá pegar pena de até 5 anos.

Segundo o delegado chefe da 38ª DP, Pablo Aguiar, a mulher foi transportada para a Colmeia (Penitenciária Feminina do Distrito Federal) e, agora, aguarda a audiência de custódia.

Presa por racismo

Em novembro de 2022, como mostrou o Metrópoles, a mulher foi detida por injúria racial. Na ocasião, ela xingou um homem negro de 40 anos de “merda”.

À polícia, o homem contou ter uma loja de marcenaria ao lado do prédio em que a mulher mora e que também atua como síndica. Por engano, uma correspondência que o comerciante aguardava acabou sendo entregue no edifício e, então, ele foi atrás de resolver o problema.

A vítima conta ter entrado em contato com a síndica do bloco e que a mulher teria dito que procuraria pela carta contendo o nome dele e avisaria. Momentos depois, a filha dela chamou o dono da marcenaria para que ele fosse buscar o envelope no prédio.

Conforme relatado à polícia, o denunciante foi até a portaria e a síndica pediu para que ele aguardasse. A vítima, porém, viu algumas cartas em cima do balcão e decidiu verificá-las. Nesse momento, a suspeita teria se aproximado e empurrado o comerciante, dizendo para ele “tirar suas mãos de merda” das correspondências.

No entanto, o homem também estaria trabalhando em um apartamento daquele prédio e, por isso, tinha um cartão de acesso à portaria.

Após a denúncia, policiais foram ao prédio em que a autora mora e informaram que ela seria levada à 38ª DP. A mulher, porém, se negou a ir para a delegacia e xingou os investigadores de “filhos da puta” e de “merdas”. Ela foi detida e liberada após pagar fiança no valor de R$ 1,5 mil.

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