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Setor de eventos do DF reclama de nova proibição: “Só um paga a conta”

Reação ocorreu após o GDF editar novo decreto em que suspende a realização de shows e festas na capital

atualizado

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Liberação do público em eventos em João Pessoa
1 de 1 Liberação do público em eventos em João Pessoa - Foto: Portal T5/Arquivo

O setor de eventos no Distrito Federal não recebeu bem a notícia de que o GDF decidiu proibir a realização de shows e festas na capital. No entendimento da categoria, não é certo “prejudicar” apenas um setor econômico.

Conforme diz o presidente do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos- DF), Luís Otávio Rocha Neves, o decreto veio como uma surpresa. “Ano passado foi organizado um protocolo muito bem feito e agora voltam a fechar tudo. As empresas todas vão quebrar”, lamenta.

Segundo ele, o setor de eventos não pode ser considerado o único responsável por causar aumento na transmissão da Covid-19 na capital. “Os ônibus continuam cheios, os cultos religiosos também. Não pode só uma parte pagar a conta. Por qual motivo não voltam com a obrigatoriedade de máscara em lugar aberto? É só com a gente?”, questiona.

Luís diz que ainda não sabe como irá proceder com as festas já marcadas no DF para os próximos finais de semana. “Vamos conversar com o governo e saber o que dá para fazer. A gente quer colaborar, mas não com tudo fechado”, reclama.

Covid-19: o que se sabe sobre a variante Ômicron até o momento:

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Apesar de entender a decisão do GDF em proibir a realização de shows e festas na capital, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF) disse não estar feliz com o anúncio.

“É uma medida técnica que não pode contestar muito, mas a gente fica triste por afetar um setor que está muito sofrido desde o início da pandemia”, diz o presidente da Fecormércio-DF, José Aparecido.

Na avaliação dele, a decisão do GDF é uma medida preventiva que visa evitar um novo lockdown nas próximas semanas. “Lamento muito, mas é uma medida cautelar. Não critico, mas não estou feliz. Creio que antes de ser tomada uma medida dessas houve bastante análise”, destaca.

Proibição

“São medidas que precisam ser tomadas justamente para evitar uma questão mais dura e para que a população tenha consciência. Que todos façam sua parte para que possamos diminuir esses índices de transmissão e voltarmos à normalidade”, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, nesta quarta.

“Então, neste momento, fica suspensa, no âmbito do Distrito Federal, a realização de eventos, shows, festivais e afins. Também se enquadram neste artigo, os eventos realizados em casas e estabelecimentos de festas que promovam a venda de ingressos ou cobrança de qualquer valor a título de contribuição dos convidados, ainda que o valor seja revertido em consumação”, explicou.

O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial (DODF). A determinação passa a valer a partir do momento da publicação e já atinge eventos marcados para este fim de semana.

Taxa de transmissão

A preocupação das autoridades do DF é explicada pela velocidade do crescimento da taxa de transmissão do coronavírus, que subiu pela sexta vez seguida em uma semana nessa terça-feira (11/1) e chegou a 2,06. Isso significa que uma pessoa infectada pela Covid-19 transmite o vírus para, pelo menos, outras duas.

Essa foi uma das taxas mais altas já registradas em Brasília. O recorde aconteceu no início da pandemia, em março de 2020, quando ainda não havia distanciamento social. À época, o indicador chegou a 2,61.

Veja o gráfico da evolução da taxa de transmissão ao longo do tempo:

gráfico mostra curva acentuado no final

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