Sete dias após atos em Brasília, vândalos ainda não foram identificados
Atos de vandalismo na última segunda-feira (12/12) deixaram rastros de destruição em Brasília e, até o momento, ninguém foi preso
atualizado
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Após sete dias dos atos de vandalismo causados por grupos de bolsonaristas em Brasília, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) ainda trabalha para identificar os envolvidos nas ações.
Com rostos cobertos, pedras e pedaços de madeira nas mãos, bolsonaristas quebraram e incendiaram patrimônios públicos e privados, deixando um rastro de destruição pela cidade. Até o momento, ninguém foi preso.
“As investigações estão em andamento e sob a responsabilidade das polícias Civil e Federal. Todas as imagens e [todos os] vídeos disponíveis foram encaminhados às polícias judiciárias, que estão trabalhando para identificar e responsabilizar os envolvidos”, afirmou ao Metrópoles o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, nesta segunda-feira (19/12).
O secretário acrescentou que as investigações “possuem seu curso e tempo para individualização das condutas e obtenção das medidas cautelares visando o alcance dos envolvidos”. “As Forças de Segurança estão trabalhando de forma integrada”, completou o chefe da pasta.
Secretário de Segurança confirma que parte dos vândalos estava no QG de Brasília
Os ataques, na última segunda-feira (12/12), seguiram-se à prisão do indígena Cacique Tserere. Alguns dos envolvidos justificaram o ato com a afirmação de que agentes da Polícia Federal (PF) “prenderam injustamente um indígena”.
O Metrópoles apurou que os manifestantes se referiam ao Cacique Tserere, líder de um grupo Xavante e apoiador de Jair Bolsonaro (PL). Bastante conhecido entre manifestantes acampados há dias em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, o indígena tem feito discursos inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Os registros de vandalismo começaram na frente do prédio-sede da PF, na Asa Norte. Vestidos com camiseta da Seleção Brasileira, grupos danificaram carros estacionados nos arredores do prédio da corporação, assim como ônibus que circulavam pelas ruas, na área central da capital do país.