Servidores do Iges-DF farão ato contra realocação na SES nesta 4ª (8/2)
O encontro dos servidores ocorrerá a partir das 7h, no estacionamento do Pronto-Socorro do Hospital de Base
atualizado
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Servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) que atuam no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) se reunirão, na manhã desta quarta-feira (8/2), para um abraço simbólico, no Hospital de Base, contra a realocação deles para unidades da SES.
O encontro dos manifestantes ocorrerá a partir das 7h, no estacionamento do Pronto-Socorro.
Segundo eles, o intuito do ato é defender a permanência dos servidores da SES nas unidades administradas pelo Iges-DF, “a fim de evitar mais sofrimento pra população, com descontinuidade da assistência e das residências em saúde”.
Em decreto publicado no dia 26 de janeiro no Diário Oficial do DF (DODF), o GDF determinou a volta de todos os servidores da Secretaria de Saúde que trabalham no Iges.
Atualmente, 1.640 profissionais da pasta atuam em unidades da instituição. As exceções são os médicos especialistas lotados no Hospital de Base ou no Hospital Regional de Santa Maria.
Na segunda-feira (6/2), o Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) publicou nas redes sociais que acompanha a situação juntamente com a SES.
“O CRM-DF está atento e preocupado com o possível desequilíbrio dos programas de residência médica do Distrito Federal tendo em vista que o Hospital de Base recebe residentes de diversos cursos”, destacou a entidade.
Já nesta terça-feira (7/2), em edição extra do DODF, o GDF estabeleceu um “Grupo de Trabalho para elaboração de relatório” sobre o tema. O objetivo será produzir um “cronograma de retorno de forma gradativa e planejada, para que não haja desassistência da prestação de serviço de saúde”.
SindMédico é contra mudança
Segundo Gutemberg Fialho, presidente do SindMédico-DF, a entidade é contra a mudança anunciada no DODF. “No Hospital de Santa Maria e no Hospital de Base trabalham profissionais que têm uma curva de conhecimento de mais de 20 anos de formação. Com a devolução destes servidores sem um bom planejamento, há serviços que podem fechar”, comenta.
“Não dá para substituir um médico por outro que não tem a mesma experiência. Temos profissionais no Base que não existem no mercado”, completa.