Servidores denunciam superintendente de Saúde no DF: “Grito e ameaças”
Flávia Costa é alvo de reclamações por parte de servidores que trabalham na região Centro-Sul de Saúde do Distrito Federal
atualizado
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Servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) que trabalham na região Centro-Sul — responsável pelo Guará, Estrutural, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Park Way, entre outros — denunciam terem sido alvos de assédio moral por parte de Flávia Costa, superintendente da região. Segundo relatos obtidos pelo Metrópoles, a gestora costuma gritar e xingar os funcionários.
“Grita e ameaça de exoneração”, diz um gestor que atua na região há cerca de 3 anos e que prefere não se identificar, por medo de represálias. “Já me chamou de incompetente e de outras coisas extremamente constrangedoras”, completa.
Uma técnica de laboratório, que também pediu anonimato, detalha que Flávia, constantemente, manda os servidores “calarem a boca”. “Já me senti muito humilhada. Nos trata como se fôssemos empregados dela”, diz.
Segundo os trabalhadores, eles nunca fizeram uma denúncia formal na Corregedoria do GDF por medo de serem perseguidos pela superintendente. “Ela tem o poder de nos trocar de unidade, de nos exonerar, entre outra coisa”.
Paralisações
Motoristas de ambulâncias que atendem a região do Guará estão organizando, para esta quarta-feira (3/8), uma paralisação como forma de protesto contra as ações de Flávia e de um outro servidor. O ato está marcado para começar às 7h e ter duração de 24h.
A Secretaria de Saúde foi procurada, mas, até a publicação deste texto, não havia respondido aos questionamentos da reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
O outro lado
Flávia foi questionada sobre as denúncias. “Primeiro que telefone não é fonte de informação. Segundo, não sei com quem estou falando. Estão armando contra mim. A própria SES tem um mecanismo próprio de receber as denúncias desses servidores, por que eles não procuraram a ouvidoria? Então, eu vou desligar pois estou me sentindo desrespeitada”, disse, antes de finalizar a ligação.
O Metrópoles apurou que depois de ser contatada pela reportagem e informada sobre as denúncias, Flávia teria decidido entregar a carta de demissão aos seus superiores ainda nesta terça-feira (2/8). Até a última atualização deste texto, a superintendente não havia formalizado o pedido de exoneração.