Servidores da Funai realizam ato em prol de desaparecidos no AM
Ato pede a saída do presidente da Funai, Marcelo Xavier, após afirmar que Dom e Bruno não tinham autorização para entrar na área indígena
atualizado
Compartilhar notícia
Servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) realizaram, nesta terça-feira (14/6), em frente ao Ministério da Justiça, um ato de solidariedade aos familiares do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecido há 10 dias na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.
Eles também pedem a saída do atual presidente do órgão, Marcelo Augusto Xavier da Silva. Nessa segunda-feira (13/6), os servidores anunciaram uma greve pedindo a demissão do mandatário após ele afirmar que Dom e Bruno não tinham autorização para entrar na área indígena. Xavier da Silva declarou que a missão da dupla “não foi comunicada à Funai”. A informação foi desmentida pela Coordenação Regional do Vale do Javari e pela Unijava.
“O ato contou com servidores da Funai, socioambientalistas, indígenas, servidores de outros órgãos ambientas também e cobrou uma audiência com o ministro da Justiça pra pedir a demissão do presidente da Funai”, explica o socioambientalista Thiago Ávila. A mobilização segue na Câmara dos Deputados e deve retornar ao ministério no final da tarde.
Veja imagens do ato e o que se sabe sobre o desaparecimento:
Buscas
As buscas entram no 10º dia. Além da falta de desfecho sobre o que aconteceu com a dupla, o conflito de versões desencadeia uma série de reações e deixa familiares e amigos perplexos. A Polícia Federal concentra os esforços em áreas próximas ao Rio Itaquaí, onde objetos pessoais dos desaparecidos foram encontrados. O Brasil e o mundo acompanham com espanto o desenrolar do sumiço.
De acordo com informações da Polícia Federal, as buscas continuam em diversas frentes nesta terça. O último contato com a dupla ocorreu no domingo, 5 de junho. O sumiço foi na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.
As buscas ao indigenista e ao jornalista reúnem, além da Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.
“Além dos esforços concentrados no referido local, as buscas continuaram em outras áreas do Rio Itaquaí, e as investigações continuam sendo realizadas de forma técnica, sem que esforços materiais e humanos sejam poupados para a completa elucidação dos fatos”, frisa a Polícia Federal.
Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram.
Quer receber notícias do DF direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesdf.