metropoles.com

Servidores fazem ato contra aprovação de projeto que congela salários

Categorias acompanham, nesta terça-feira (5/4), sessão na Câmara dos Deputados em que Projeto de Lei Complementar 257/2016 pode ser votado. Proposta foi batizada de “PLP da maldição”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/SindSaúde
PLP 257/2016
1 de 1 PLP 257/2016 - Foto: Divulgação/SindSaúde

Servidores públicos federais e do Distrito Federal prometem fazer muito barulho na sessão desta terça-feira (5/4) na Câmara dos Deputados, contra o Projeto de Lei Complementar 257/2016. A proposta, que tramita em regime de urgência, condiciona o refinanciamento das dívidas de estados e do Distrito Federal com a União à adoção de medidas de arrocho, que incluem suspensão de reajustes salariais e de concursos públicos por dois anos e até a demissão de funcionários concursados.

Diversas categorias confirmaram presença nas galerias a partir das 15h para evitar a votação do projeto. “O servidor público precisa punir o mentor dessa maldita ideia, em 2018. E a presidente da República tem que ter a sensatez e exercer a dignidade de retirar o projeto do legislativo ou entrará para a história como a destruídora da luta histórica dos trabalhadores e com certeza marcará com sangue a tragetória ideológica do movimento sindical, ferindo o presente e destruindo o futuro do servidor público, junto com o mentor do maléfico projeto”, dispara a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

Ela acusa o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de estar entre os articuladores da proposta no Congresso Nacional. “Ele ligou para o relator e pediu que o projeto fosse aprovado sem emendas. Que tipo de governador é esse, que luta contra o povo?”, provoca.

A proposta estabelece ainda a redução dos cargos comissionados, mudanças no Regime Jurídico Único dos Servidores e aumento da alíquota de contribuição previdenciária de 11% para 14% paga pelos funcionários públicos.

Na avaliação dos servidores, se o projeto for aprovado, o GDF estaria desobrigado a pagar, em outubro deste ano, conforme se comprometeu, a última parcela do reajuste que deveria ter sido quitado no ano passado. O aumento deve custar  ao governo R$ 150 milhões mensais.

Lisandro de Azevedo, presidente da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), destaca que o PL 257 é “um veradeiro masacre dos servidores”. De acordo com ele, os governadores “estão de joelhos” e “topando qualquer coisa para resolver o problema deles de hoje, sem pensarem no amanhã”.

Desperdício
De acordo com ele, existem outras medidas que podem aumentar a arrecadação, como combate à sonegação fiscal, fim da corrupção e do desperdício. “As obras da Copa estão aí para comprovar isso. Quanto dinheiro público não foi gasto em obras que estão paradas e que não melhoraram em nada a qualidade de vida dos brasileiros”, ressalta.

O presidente do Sindireta-DF, entidade que representa 17 categorias do funcionalismo, Ibrahim Yousef, afirma que os servidores estão indignados. “O ano passado foi marcado por paralisações, o governador ficou de nos pagar o reajuste, mas se esse projeto for aprovado, ele usará como argumento a regulação federal para não dar o nosso aumento de novo. E isso não podemos admitir. É golpe!”, dispara.

O projeto tramita em caráter de urgência e já possui mais de 200 emendas apresentadas pelos parlamentares. A previsão é que ele entre na pauta na sessão desta terça.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?