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Servidores da Saúde desafiam Justiça e vão manter greve

Sindicatos que representam as categorias decidem recorrer da decisão que decretou a paralisação ilegal e partem para o confronto

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os servidores da Saúde desafiam a Justiça e continuam em greve.  As categorias informaram ao Metrópoles, neste sábado (10/10), que vão recorrer da decisão que considerou a paralisação ilegal. “Não vamos nos render”, disparou Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.

No comando do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho afirmou que não há ilegalidade no movimento, já que o GDF foi informado com antecedência da greve. Ele garantiu que as emergências estão funcionando.

Se está faltando médico é por incompetência do governo que não sabe fazer a gestão de seu pessoal e não paga hora extra.

Gutemberg Fialho, Sindicato dos Médicos

Na noite de sexta (9/10), a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) decretou que o movimento paredista é ilegal e abusivo, e determinou o imediato retorno dos grevistas ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 100 mil para cada sindicato demandado.

A ação, com pedido liminar, foi ajuizada contra os seguintes sindicatos: Sindmédico – Sindicato dos Médicos do DF (Sindmédico); Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate/DF); Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Radiologia do DF (Sintar/DF); Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde) e o Sindicato dos Odontologistas do DF (SODF).

Situação de emergência
De acordo com o DF, a saúde pública local está em situação de emergência, mesmo com a totalidade de seu quadro, e que a paralisação, com alto percentual de adesão, suspendeu a realização de exames, cirurgias, atendimentos odontológicos, marcação de consultas e reduziu a disponibilidade de ambulâncias, causando muitos prejuízos à população. Informou que o movimento foi deflagrado de forma ilegal e abusiva, pois não foi precedido de assembleia nem de formal comunicação prévia de 72h.

Para o SindSaúde, a Justiça está agindo de forma diferente, já que no início do ano manteve a validade dos reajustes salariais concedidos no ano passado, na gestão do petista Agnelo Queiroz à frente do Palácio do Buriti. O GDF alega estar impedido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de aumentar os gastos com a folha de pagamento. No 2º quadrimestre deste ano, o Executivo usou 50,8% da receita para pagar servidores, um acréscimo de 1,8 ponto percentual além dos 49% permitidos.

De acordo com o governo local, os serviços nas unidades de Saúde não foram normalizados mesmo após a decisão da Justiça. Já os agentes penitenciários, que também tiveram a greve decretada ilegal pela Justiça, retornaram ao trabalho ainda na noite de sexta.

Veja, abaixo, o balanço que o GDF divulgou sobre a situação das unidades de Saúde neste sábado (10/10): 

Brazlândia
Hospital regional: a emergência e o ambulatório funcionam normalmente.

Ceilândia
Hospital regional: no pronto-socorro, somente casos graves são atendidos. O ambulatório atende parcialmente.

Gama
Hospital regional: emergência com porcentual mínimo e ambulatório fechado.

Guará
Hospital regional: atendimento na emergência apenas para pacientes graves. O ambulatório funciona parcialmente, com poucos médicos e técnicos de enfermagem.

Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo e Park Way
UPA: funciona normalmente.

Paranoá
Hospital regional: pronto-socorro recebe somente casos graves.

Planaltina
Hospital regional: atendimento normal na emergência.

Plano Piloto
Hemocentro: funciona com equipe reduzida.

Hospital de Base: atendimento ambulatorial restrito. Demais unidades não estão atendendo. Na emergência, o trabalho está normal.

Hospital Regional da Asa Norte (Hran): emergência com restrições, com um médico atendendo no box de emergência. Ambulatórios parados. Cirurgias eletivas foram desmarcadas.

Hospital Materno-Infantil (Hmib): atendimento normal nas emergências de pediatria e ginecologia obstetrícia. No ambulatório, foram suspensos os serviços de ginecologia e obstetrícia. Os médicos foram remanejados para o centro obstétrico e atendimento interno nas enfermarias. Cirurgias eletivas foram suspensas, e as de emergência são realizadas normalmente.

Recanto das Emas
UPA: atendimento restrito a casos graves.

Santa Maria
Hospital regional: não tem atendimento no ambulatório. Emergência funciona plenamente.

Samambaia
Hospital regional: equipe reduzida de técnicos, atendimento só emergencial.

UPA: há um médico para atendimento interno e um na porta. Prioridade para casos graves (classificados com as cores laranja e vermelha).

Sobradinho
Hospital regional: atendimento normal na emergência e no ambulatório, com exceção da odontologia que funciona parcialmente.

Unidade de pronto-atendimento (UPA): funciona normalmente.

Taguatinga
Hospital regional: atendimento só na emergência e no centro cirúrgico.

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