metropoles.com

Sem reajuste este ano, professores decidem manter a greve

Decisão foi tomada em assembleia na frente do Palácio do Buriti, duas horas depois de o governador anunciar que o aumento salarial só será pago em outubro de 2016

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Manoela Alcântara/Metrópoles
AnyzQm1F-BLR7Ls9mOccTxsB0fo2fdVV3ac-sF8sukP2
1 de 1 AnyzQm1F-BLR7Ls9mOccTxsB0fo2fdVV3ac-sF8sukP2 - Foto: Manoela Alcântara/Metrópoles

Reunidos em assembleia na manhã desta sexta-feira (23/10) em frente ao Palácio do Buriti, os professores da rede pública do DF decidiram manter a greve. A decisão foi tomada duas horas depois de o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciar para outubro do ano que vem o pagamento do reajuste salarial que deveria ser pago no mês passado.

A diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro), Rosilene Corrêa, chamou a proposta do governo de “provocação “. Para convencer a categoria a retornar ao trabalho, o Governo do DF se comprometeu a pagar os atrasados referentes à licença-prêmio dos docentes que se aposentaram e regulamentar os auxílios-alimentação e transporte. Mas não foi suficiente.

Nem a chuva espantou os professores. De guarda-chuva e agasalhos, cerca de 500 deles se mostraram irritados com o fato de o governador anunciar pela mídia o calendário do reajuste, já que uma comissão de negociação foi criada pelo GDF para analisar a pauta de reivindicação da categoria.

Não tem outra decisão pra tomar. Temos que continuar a greve. Temos que fazer com que esse governo frouxo e incompetente volte atrás e pague o reajuste imediatamente.

Washington Dourado, diretor do Sinpro

 

Confira o vídeo da assembleia:

Tina Lopes, 47 anos, pedagoga da rede pública de ensino participou da assembleia: “Essa proposta é uma afronta com a categoria. Estava contando com o reajuste, mas principalmente com o respeito do governador. A greve vai continuar “, disse a professora da rede há 27 anos antes da votação.

Já os servidores administrativos da educação, representados pelo SAE, que também estão em greve, marcaram a próxima assembleia para terça (27). Na segunda, farão piquetes nas escolas. Consideraram a proposta um retrocesso, tendo em vista a primeira negociação previa o pagamento dos reajustes a partir de maio. “Continuamos com a greve”, disse Denivaldo Alves, representante de 19 mil servidores, entre porteiros, merendeiras e atendentes.

Saúde
Os servidores da Saúde fazem assembleia às 13h para definir o rumo do movimento. Pela manhã, a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, disse que não aceitava a proposta de pagamento do GDF. Outras 13 categorias estão em greve, entre elas os servidores do DER e Na Hora. O Tribunal de Justiça do DF, acatando pedido do GDF, decretou a greve dos professores e da Saúde ilegais.

Os reajustes foram autorizados em 2013, durante a gestão do petista Agnelo Queiroz. O Ministério Público chegou a contestar o aumento, mas ele foi confirmado pelo Tribunal de Justiça do DF no início deste ano. Segundo o governo local, a parcela que deveria ser incorporada aos salários em setembro implicaria em um aumento de R$ 115 milhões por mês na folha de pessoal.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?