Rollemberg nomeia 120 agentes e escrivães e promete novas convocações
Déficit de pessoal na Polícia Civil, entretanto, chega a quatro mil, segundo o sindicato da categoria. Governador anunciou que até julho outros 310 policiais serão chamados
atualizado
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O quadro da Polícia Civil do DF ganhou o reforço de 100 agentes e 20 escrivães nesta quarta-feira (23/3). Eles foram nomeados pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB). A expectativa é que outros 310 servidores sejam convocados para a corporação até o fim de julho deste ano. Serão155 em junho e outros 155 em julho — 130 agentes e 25 escrivães em cada uma. Com isso, ficam convocados todos os aprovados no último concurso realizado para as categorias da corporação, em 2013, inclusive os do cadastro reserva. As nomeações, no entanto, não serão suficientes apenas para suprir as aposentadorias previstas para 2016.
Os recém-empossados serão distribuídos em delegacias da Polícia Civil das 31 regiões administrativas do DF. A lista com 120 pessoas foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal de 29 de fevereiro. Os que não compareceram à cerimônia têm até a próxima terça (29) para tomar posse. Todos são aprovados do concurso público realizado em 2013 e homologado no ano seguinte. O certame tem vigência até 27 de junho, mas é prorrogável por mais 24 meses.
De acordo com Rodrigo Franco, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), a corporação ainda tem quatro mil cargos vagos e trabalha com 50% do efetivo. “Temos uma previsão de 300 aposentadorias em 2016 e o cronograma até então só prevê mais 310 nomeações. Os 120 de hoje não resolvem o problema de efetivo da Polícia Civil, porque, na prática, vão um ou dois policiais para cada unidade”, afirmou Franco.
A solução, segundo o presidente do Sinpol, seria fazer mais contratações e deslocar policiais da parte administrativa para a de investigações. O diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, reconheceu que as nomeações não suprem a defasagem da corporação. “Mas são as pessoas que estão formadas para serem empossadas agora. A gente vai trabalhar junto ao governo para ter novos concursos e novas nomeações no futuro”, explicou.
A situação foi agravada por decisão da Justiça que determinou a transferência de 534 agentes de custódia para o sistema penitenciário. Esses agentes estavam lotados em diversas delegacias, fazendo investigações e atendimento ao público.
Diferentemente de outros eventos, onde tem sido vaiado e recebido com críticas, Rollemberg foi aplaudidos pelos novos servidores durante a solenidade. O governador afirmou que o desejo era nomear os policiais no primeiro ano de governo, o que não foi possível por conta da situação econômica do Distrito Federal.
“A gente sabe da necessidade desse efetivo. Para chegar a esse momento, tivemos que adotar muitas medidas de redução de gastos, mas estamos conseguindo trazer o DF à normalidade”, afirmou Rollemberg que, fazendo referência à campanha “#nomeiaPCDF”, encerrou o discurso com a frase: nomeei PCDF.
Também estiveram presentes a secretária de Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, o presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Renato Rainha, e os deputados distritais Júlio César, Reginaldo Veras, Cláudio Abrantes e Wellington Luiz.