metropoles.com

Professores entram em estado de alerta e ameaçam greve por reajuste

Além de docentes, funcionários da Saúde e do Detran fizeram assembleia nesta quinta-feira (22/9). O aumento deveria ter sido liberado em 2015, mas o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) prometeu pagar este ano

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Assembleia Sinpro
1 de 1 Assembleia Sinpro - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Servidores do governo do DF trocaram as repartições públicas na manhã desta quinta-feira (22/9) por assembleias destinadas a definir estratégias para cobrar o pagamento do reajuste salarial previsto para outubro. Os funcionários do Detran e das redes públicas de Saúde e Educação entraram em estado de alerta. A primeira categoria a se reunir foi a dos professores, na Praça do Buriti.

O reajuste deveria ter sido pago em 2015. Mas o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), alegando falta de recursos, adiou o pagamento para este ano. Porém, até agora o Palácio do Buriti não garantiu que o dinheiro será depositado na conta de cerca de 153 mil servidores. O pagamento se refere a última parcela de um aumento salarial concedido ainda no governo de Agnelo Queiroz (PT). O impacto nas contas do Executivo será de R$ 100 milhões por mês.

Na Praça do Buriti cerca de cinco mil docentes participaram do ato, de acordo com o Sindicato dos Professores (Sinpro). O movimento faz parte de uma paralisação nacional organizada por entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Conselho Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), que prometem uma greve geral para o próximo mês. Na pauta, entraram reivindicações pelo pagamento das pecúnias dos aposentados; o reajuste imediato do vale-alimentação; gestão democrática; Lei da Mordaça e a reforma da Previdência.

Os docentes decidiram uma mobilização a favor da greve geral e nova assembleia está marcada para 10 de novembro. “O quadro colocado para a educação e educadores, tanto em nível local quanto nacional, é extremamente grave e desfavorável, exigindo da categoria uma postura corajosa para que direitos não sejam retirados e que avanços não sejam impedidos”, informou o Sinpro em nota.

Segundo o o diretor do Sinpro Samuel Fernandes, “além do descaso do GDF, temos o ataque do Governo Federal e teremos que lutar contra muitos projetos de leis que tramitam na Câmara e Senado que colocam em risco a educação pública”, afirmou.

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

 

Outras categorias
Também fizeram assembleias nesta manhã os servidores do Departamento de Trânsito (Detran) e da Saúde. As categorias participam na Câmara Legislativa, às 15h,  de uma audiência pública com deputados distritais e representantes da sociedade para tratar do reajuste.

O Sindicato dos Trabalhadores em Atividades de Trânsito, Policiamento e Fiscalização de Trânsito das Empresas e Autarquias do DF (Sindetran) informou que luta pelo pagamento da última parcela do reajuste, reposição do auxílio- alimentação, reposição da inflação e pelos compromissos firmados com o GDF nos Grupos de Trabalho de 2015.

“Queremos, sobretudo, a autonomia administrativa e financeira do Detran. Debatemos sobre as demandas e iremos cobrar a pauta do governo que até agora não cumpriu o acordo firmado no ano passado. O nosso objetivo é saber se o GDF vai pagar o que nos deve, conforme o previsto”, afirmou o presidente da entidade, Fábio Medeiros.

Por volta das 10h, o SindSaúde, que representa mais de 23 mil servidores, se reuniu no Hospital de Base do DF (HBDF) para definir os rumos do movimento. Em nota, afirma a presidente do sindicato Marli Rodrigues que “o cenário estabelecido tem feito com que as categorias se organizem para possíveis greves por falta de cumprimento de acordos. Não é esse tipo de governo que o povo precisa. Estamos citando todos os problemas do Distrito Federal porque tudo isso termina em Saúde. Tanto descaso adoece a população, que sofre ainda mais ao dar entrada nos hospitais, UPAs e Centros de Saúde”.

Promessa
Em entrevista coletiva concedida pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) em 23 de outubro de 2015, ele afirmou que a orientação das secretarias de Fazenda e de Planejamento, à época, era conceder o reajuste apenas a partir de 1º de janeiro de 2017. No entanto, ele assumiria o “compromisso de implementar esse reajuste a partir do dia 1º de outubro de 2016”. No entanto, a folha de ponto dos servidores fechou em 15 de setembro e os aumentos não estavam no contracheque do próximo mês. Os servidores estranharam e decidiram se reunir.

A Casa Civil informou que “o Governo de Brasília trabalha para manter o acordo com os servidores, que prevê os reajustes a partir de outubro deste ano, ou seja, com pagamento no mês de novembro”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?