metropoles.com

Professores da rede pública do DF aprovam greve para 15 de março

As aulas começaram na sexta-feira (10/2). Docentes cobram reajuste, aumento do tíquete-refeição e criticam Reforma da Previdência

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Giovanna BemBom/Metrópoles
greve professores
1 de 1 greve professores - Foto: Giovanna BemBom/Metrópoles

Em assembleia realizada nesta segunda-feira (13/2), os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal decidiram entrar em greve no dia 15 de março. Mais de 3.000 docentes participaram da reunião, em frente ao Palácio do Buriti, realizada no segundo dia de aula do ano letivo de 2017. De acordo com o Sindicato dos Professores (Sinpro), 95% das escolas aderiram à paralisação. A Secretaria de Educação não divulgou balanço das unidades que ficaram sem funcionar.

A categoria reivindica o pagamento da última parcela do reajuste conquistado em 2012, 18% de aumento, pagamento de pendências a professores e orientadores educacionais que se aposentaram nos últimos dois anos e correção do valor do auxílio-alimentação. Os professores também se manifestaram contra as reformas da Previdência e do ensino médio.

A diretora do Sinpro Rosilene Corrêa afirma que as negociações entre a categoria e o Executivo não tiveram andamento. “O GDF ainda não pagou a última parcela do reajuste, prevista para setembro do ano passado. Nós nos reunimos com o governo na sexta (10), mas não tivemos respostas”, afirmou Rosilene. A categoria agendou outra assembleia para o dia 8 de março, com nova paralisação, para fechar as ações do movimento paredista.

Os docentes cobram isonomia salarial com a média das demais classes de servidores que exigem formação superior. “O Plano Distrital de Educação prevê essa equiparação até 2019. Para isso, segundo nossos cálculos, seria necessário um reajuste inicial de 18%”, afirma Cláudio Antunes, diretor do sindicato.

A professora Jackeline Ferreira, 42 anos, é enfática. “Esses 18% são o mínimo do mínimo. Nosso salário é defasado e não condiz com as dificuldades que passamos”, afirma a servidora que dá aula para adultos no CED 06 de Taguatinga.

Outra questão abordada é a reforma da previdência. Segundo cálculos dos manifestantes, as professoras da rede pública, que atualmente se aposentam com 25 anos de contribuição, terão que trabalhar, em média, mais 15 anos. “Isso é um retrocesso. Nós trabalhamos de manhã e á tarde na escola e em casa. Após 25 anos, não temos mais condições físicas e psicológicas”, reclama a professora Sílvia Gonçalves, 41 anos, que trabalha na Escola Classe 29 do Gama.

O outro lado
O GDF, por meio da Casa Civil, informou que o governo recebe os sindicatos para negociar as demandas que “não geram impacto financeiro”. Em nota, disse ainda que, com o Sinpro, a Subsecretaria de Educação realizou cinco reuniões em 2017 para discutir o Plano Distrital de Educação.

Sobre as reivindicações e os impactos de uma possível greve, o Buriti informou que “o governo tem empenhado todos os esforços para encontrar uma proposta que evite prejuízos para a população”.

Greves nos últimos anos
Além da pauta local, os professores estão mobilizados para tentar barrar as mudanças anunciadas pelo governo federal com as reformas da Previdência e do ensino médio. Para pressionar o Congresso, será realizada uma greve geral no Brasil em 15 de março.

No DF, o impasse entre professores e governo passou por momentos de grandes paralisações nos últimos anos. Em 2012, os servidores ficaram 52 dias parados para pressionar o Buriti a atender às reivindicações. Na época, o governo do petista Agnelo Queiroz negociou com os docentes um reajuste de 28% parcelados em três anos. A última parcela, de setembro de 2015, equivalente a 3,7%, no entanto, ainda não foi paga pelo GDF.

Agora, a categoria quer pressionar o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) a implementar o aumento o quanto antes. No ano passado, os professores fizeram diversas manifestações para sensibilizar o Buriti. Chegaram a ficar 29 dias parados.

Atualmente, o Distrito Federal tem 659 escolas. A Secretaria de Educação conta com cerca de 30 mil professores, segundo o Sinpro. Do total, aproximadamente 20 mil estão em sala de aula para atender quase meio milhão de alunos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?