Professores cobram reajuste, pecúnias e plano de saúde do GDF
Encontro com representantes da categoria e chefe da Casa Civil ocorreu na véspera de assembleia com paralisação marcada pelos docentes
atualizado
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Um dia após policiais militares e bombeiros apresentarem suas propostas de reajuste ao governo, foi a vez de professores cobrarem do Executivo aumento de salários, plano de saúde e o pagamento de R$ 300 milhões em pecúnias. No começo da tarde desta quarta-feira (13/3), eles expuseram as reivindicações ao chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, no Palácio do Buriti.
Conforme o Metrópoles antecipou, após o Carnaval, os servidores estão intensificando a cobrança por reajuste. Policiais militares, civis, bombeiros e 32 categorias terão agendas com representantes do Palácio do Buriti para obter respostas sobre as promessas de campanha feitas por Ibaneis Rocha (MDB).
Segundo a diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), Rosilene Correa, a categoria busca equiparar os salários com a média dos vencimentos pagos para os servidores de nível superior do GDF. “Não tem nada a ver com a equiparação das polícias Civil e Federal”, ponderou.
O Sinpro teme que o GDF não cumpra o compromisso do pagamento das pecúnias de 2016 neste ano. “O governo se comprometeu a quitar as pecúnias em 90 dias. Não estão vencidas ainda, pois passaram 30 dias. É nesses 30, não houve pagamento ainda. Então isso preocupa, porque temos só 60 dias”, disse Rosilene. Sobre os anos 2017 e 2018, os professores ainda negociam cronograma de pagamento das férias-prêmio vencidas.
Os docentes tentaram conversar diretamente com o governador. Mas em razão da agenda, o emedebista escalou o chefe da Casa Civil. “Nós estamos dando sequência à mesa de negociação iniciada pelo próprio governador em 12 de fevereiro. Nesses 30 dias, não tivemos mais retorno do governo. Viemos cobrar agilidade para o plano de saúde, o cronograma das pecúnias e a tabela salarial”, afirmou Rosilene Correa.
De acordo com ela, o chefe da Casa Civil assumiu o compromisso de criar uma “mesa de negociação permanente com a categoria. O Metrópoles procurou o GDF, mas, até a última atualização desta reportagem, não houve resposta.
Assembleia com paralisação
O encontro ocorreu um dia antes de assembleia geral com paralisação marcada pelos professores. Nesta quinta-feira (14), eles terão encontro às 9h30, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
De acordo com a categoria, um dos assuntos a ser debatido durante a assembleia é a tentativa, por parte do governo, de impor aos professores, de “forma truculenta e autoritária”, a militarização de escolas públicas na capital federal.
Veja o vídeo postado na página do Sinpro com a convocação para a mobilização da categoria:
A categoria pretende definir ainda a pauta de reivindicações que será entregue ao GDF, com assuntos como: o cumprimento das 21 metas do Plano Distrital de Educação (PDE); a regularidade nos repasses do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf); e a construção/reforma de escolas e creches públicas.
Também estão na pauta: reajuste salarial da categoria; pagamento da última parcela do Plano de Carreira; reajuste do auxílio-alimentação; plano de saúde; pagamento da pecúnia da licença-prêmio; nomeação de orientadores e professores; e o gozo da licença-prêmio.
Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Educação do DF informou que os professores que comparecerem à assembleia terão a falta registrada e deverão repor as aulas, “a critério da chefia imediata”, esclareceu a pasta.