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Professores ameaçam parar em abril por isonomia salarial e plano de saúde

Servidores da rede pública de ensino do DF querem salários iguais aos de outras categorias com nível superior

atualizado

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1 de 1 assembleia profs (1) - Foto: Caroline Bchara/Metrópoles

Um alerta para o Governo do Distrito Federal (GDF). Em assembleia realizada nesta quinta-feira (17/3), os professores da rede pública do DF decidiram entrar em estado de mobilização e marcaram nova reunião para o dia 27 de abril, quando vão decidir se entraram ou não de greve. A categoria reivindica isonomia salarial com outros servidores do GDF, como médicos e delegados da Polícia Civil, além da implementação do plano de saúde – que foi aprovado em 2005 na Câmara Legislativa. O ato reuniu cerca de 200 pessoas, segundo a Polícia Militar, e as aulas foram paralisadas no período da manhã.

A categoria fará uma etapa de plenárias com os professores de cada região administrativa, de acordo com calendário aprovado em assembleia. “Estamos em estado de mobilização, que serve também como um prazo para que o governo se pronuncie sobre a pauta”, explicou a presidente do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), Rosilene Corrêa.

A única chance que nós temos de êxito, de ter menor prejuízo, é unindo a categoria. Temos uma pauta pendente, que é o reajuste do ano passado, mas temos muito mais a conquistar. Existe uma crise, que é alimentada a cada segundo pela crise política. Temos que disputar com ela e pautar o GDF.

Rosilene Corrêa, presidente do Sinpro

“Diante do calote, temos o receio de que o governo não queira cumprir a legislação prevista no Plano Distrital de Educação”, explicou Cláudio Antunes, diretor do Sinpro. A meta 17 do plano chama a atenção da categoria. Ela diz que o GDF precisa implementar, em quatro anos, o salário dos professores, tendo como princípio a isonomia de salário com outros cargos de nível superior.

“Queremos a valorização da educação, assim como a aplicação das leis distrital e federal com relação aos nossos salários”, acrescentou Antunes. No âmbito federal, a legislação prevê que essa isonomia ocorra em seis anos.

A categoria também aprovou, em votação, uma paralisação para o próximo dia 31 para que os professores possam acompanhar os atos nacionais em favor da presidente Dilma Rousseff. Além disso, foi aprovado um ato em homenagem ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB) no dia da mentira – celebrado em 1º de abril. A assembleia desta quinta mobilizou duas viaturas e quatro motos do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran).

Os servidores paralisaram as atividades por 29 dias em 2015. Eles ainda reivindicam o pagamento de parcela de 3,5% de reajuste salarial negociado na gestão passada. O reajuste foi suspenso pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) por falta de recursos. A data anunciada para o pagamento é outubro deste ano, sem os retroativos, que devem ficar para 2017.

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