Rollemberg mentiu para a Polícia Civil, dispara delegado do Sindepo
Presidente do Sindicato dos Delegados da PCDF fala em greve como ferramenta para forçar o GDF a sentar à mesa de negociação salarial
atualizado
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A confirmação de que Rodrigo Rollemberg (PSB) não vai equiparar os salários da Polícia Civil aos da Polícia Federal frustrou, mais uma vez, a expectativa da corporação, que está com os salários congelados desde 2009. O presidente do sindicato que representa os delegados fez duras críticas ao comportamento do governador. “A nossa sensação é que ele mentiu para a Polícia Civil várias vezes”, disparou Rafael Sampaio.
As declarações de Rollemberg que incendiaram os ânimos dos delegados foram dadas na manhã de quinta-feira (10/8) após reunião com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O chefe do Executivo brasiliense pediu ajuda para cobrar do governo federal a quantia de R$ 780 milhões, valor relativo a uma dívida do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
O discurso do socialista, entretanto, não convenceu o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do DF (Sindepo), Rafael Sampaio. Em entrevista ao Metrópoles, o dirigente não descarta a possibilidade de os delegados entrarem em greve, mesmo com o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que esse tipo de movimento é ilegal nas forças de segurança.
Não queremos afrontar as medidas legais, mas a lei também prevê que, nos casos de paralisação, é necessário estabelecer uma mesa de mediação judicial. Como não há negociação com o GDF, seria uma medida para pressionar o diálogo
Segundo Sampaio, o Distrito Federal tem hoje 362 delegados, mas há um déficit de 238. O dirigente diz ainda que, para melhorar a segurança pública na capital, seria necessária a contratação de 2 mil policiais e 250 peritos.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do GDF afirmou que “o governador sempre foi transparente em sua negociação com os representantes dos policiais civis e mostrou as dificuldades financeiras para conceder o reajuste pedido, embora reconheça como legítima a reivindicação da categoria”.