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Mulheres de PMs criam grupo para denunciar descaso com plano de saúde

Parentes planejam manifestações para exigir melhorias no atendimento. Elas reclamam que espera por serviço pode chegar a um ano e questionam como os maridos podem trabalhar na rua sem estarem preocupados com os familiares

atualizado

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Polícia Militar/Divulgação
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1 de 1 sede pmdf - Foto: Polícia Militar/Divulgação

A exemplo do que fizeram as mulheres de militares das Forças Armadas, as esposas de PMs do DF decidiram colocar a boca no trombone em defesa da família. Enquanto os policiais se concentram no serviço de combater a bandidagem nas ruas do Distrito Federal, elas estão usando as redes sociais para denunciar o descaso da corporação, que não toma providências urgentes no sentido de garantir o atendimento médico aos servidores e seus dependentes.

A medida foi tomada para evitar represália e punição aos PMs que estavam reclamando da grave situação do plano de saúde da corporação. O grupo criado por elas já conta com 400 adesões. Elas organizam para os próximos dias manifestações para exigir melhorias no serviço.

A espera por atendimento médico pode levar meses ou anos, denunciam. Os problemas atingem serviços simples, como a marcação de uma consulta, até questões mais graves, como cirurgias. Casada com um policial militar, Bárbara Monteiro, 34 anos, aguarda há mais de um ano pela liberação de uma cirurgia que poderia ajudá-la no tratamento de uma doença na coluna. O primeiro passo para um tratamento mais eficiente seria uma cirurgia bariátrica, que auxiliaria na perda de peso e facilitaria na prática de atividade física e nos cuidados com a coluna.

“O sobrepeso ainda leva a outros problemas como uma espondilite anquilosante, uma artrite que afeta a coluna vertebral e causa muita dor”, explica. Entretanto, mesmo com exames realizados para o procedimento, ela aguarda há um ano uma autorização para a cirurgia. “Não conseguimos marcar consultas ou operações que não são consideradas de emergência. E pagamos todo mês para isso”, reclama a dona de casa.

Fiquei meses para conseguir uma consulta com um reumatologista e agora estou tentando novamente um retorno.

Bárbara Monteiro

O caso dela não é único. O descaso com os pacientes, infelizmente, se tornou comum. A falta de solução para o problema tem, inclusive, prejudicado o desempenho dos policiais nas ruas, que ficam preocupados com a família desassistida. “Há uma senhora internada com aneurisma que necessita ser internada, mas não consegue vaga. Como o familiar dela pode trabalhar direito com isso?”, questiona Bárbara.

Há cerca de um mês, o Metrópoles publicou o desabafo de PM em mensagens no WhastApp, relatando a dificuldade enfrentada para que o filho pudesse ser examinado. Segundo o servidor, que não quis se identificar, o convênio informou que só era possível fazer uma consulta por mês.

Apenas dois hospitais
Atualmente, apenas dois hospitais particulares fazem atendimento aos policiais militares e dependentes no DF: o Santa Helena, na Asa Norte; e o Maria Auxiliadora, no Gama. O Santa Helena chegou a anunciar a suspensão dos serviços a partir desta segunda-feira (13/6). Porém, após uma reunião com os gestores da unidade ficou acertada a continuidade do atendimento.

A Polícia Militar, por meio de sua assessoria, afirmou que o Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal (Dsap) tenta com urgência uma nova parceria para o convênio. O setor já elaborou um edital de credenciamento e trabalha para conseguir verbas junto à Câmara Legislativa, no valor de R$ 30 milhões, que serão usadas para quitar dívidas anteriores.

Terceirização
Em outra frente, a PMDF aposta na melhoria do atendimento na área de saúde com a terceirização do serviço médico. Está em andamento o processo de contratação de uma Organização Social de Saúde (OS). Será a segunda unidade do DF a contar com a gestão de uma entidade sem fins lucrativos no Distrito Federal. Atualmente, o Hospital da Criança é a única unidade da rede pública local a adotar esse modelo.

A organização que assumir o centro médico atenderá  policiais militares ativos e inativos, pensionistas e dependentes legais. O recurso para desenvolver as atividades descritas no Projeto Básico está estimado em R$ 216.535.023. O repasse será feito em 36 parcelas.

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