Metrô-DF só convocará concursados quando LRF permitir
Segundo Marcelo Dourado, 324 nomeações seriam realizadas num prazo de 15 dias após a liberação. Outras 311 ainda serão negociadas com a secretaria de Planejamento e Gestão
atualizado
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A convocação de novos servidores do Metrô-DF só vai ocorrer quando o GDF conseguir sair do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), equilibrando o que arrecada com os gastos da folha de pessoal. A afirmação foi feita pelo presidente da empresa, Marcelo Dourado, durante audiência pública da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da Câmara Legislativa promovida para ouvir explicações sobre a convocação dos aprovados para o cargo de agente de segurança.
A próxima avaliação sobre os limites da LRF está prevista para ocorrer no final de maio, com a divulgação do relatório quadrimestral (janeiro a abril) da execução orçamentária do governo. Caso o GDF, consiga sair do limite prudencial, a contratação de pessoal voltará a ser permitida.
Segundo Dourado, estas 324 nomeações seriam realizadas num prazo de 15 dias após a liberação. Outras 311 nomeações ainda serão negociadas com a secretaria de Planejamento e Gestão. As vagas incluem várias categorias de servidores do metrô e não apenas os agentes de segurança.
Marcelo Dourado confirmou a deficiência de seguranças e de servidores de outras áreas e disse que só não chamou os aprovados nos concursos até agora por imposição da LRF. “A empresa precisa e o usuário também precisa dos servidores. Mas, hoje, o presidente do Metrô está impossibilitado legalmente de fazer as contratações”, argumentou ele.
O representante dos concursados, João Clemente da Silva Neto (foto), questionou a realização de licitação para contratação de vigilantes ocorrida recentemente na empresa e exibiu vídeos com denúncias de falta de segurança nas estações do metrô e com críticas à atuação dos vigilantes. Para ele, os vigilantes custam mais caro do que os seguranças concursados e são menos eficientes.
Marcelo Dourado explicou que a licitação foi feita para a contratação de 204 vigilantes armados, que têm funções diferentes dos agentes de segurança, que não podem portar armas. Segundo ele, existem situações específicas que necessitam da atuação da vigilância armada, como por exemplo, a proteção do dinheiro arrecadado com as tarifas.
Terceirizados
Ele também justificou a realização da licitação com o fato da contratação de terceirizados não ser proibida pela LRF. Destacou ainda que o novo contrato vai gerar uma economia de R$ 700 mil, em relação ao contrato antigo.
Segundo o dirigente, o metrô conta atualmente com um quadro de 991 servidores efetivos, mas apresenta carência de pessoal em várias áreas. O presidente disse também que conta com os novos agentes de segurança para o plano de contingência que está sendo preparado para os jogos de futebol das Olimpíadas 2016 que acontecerão em Brasília, em agosto.
A pedido do deputado Chico Leite (Rede), o presidente da Comissão, deputado Rodrigo Delmasso (PTN), anunciou que encaminhará uma consulta formal ao Tribunal de Contas do DF sobre o enquadramento do metrô nos critérios da LRF, já que se trata de uma empresa pública.
O deputado Reginaldo Veras (PDT) defendeu a nomeação de todos os aprovados nos concursos públicos do metrô tão logo seja permitido pela legislação. O deputado Roosevelt Vilela (PSB) também acompanhou a audiência pública, que ocorre nessa quainta-feira (7/4). (Informações da CLDF)