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“Greve não vai fazer surgir dinheiro”, diz Rollemberg

Declaração foi dada pelo governador depois de se reunir com técnicos de enfermagem e professores no Palácio do Buriti

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1 de 1 2015110312502200 (1) - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Depois de se reunir com professores e técnicos de enfermagem, categorias que estão de braços cruzados desde o início do mês de outubro, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) disse nesta terça-feira (3/11) que “greve não vai fazer surgir dinheiro”. A declaração do socialista deu o tom da conversa com os servidores, que estiveram no Palácio do Buriti durante a manhã.

O governador afirmou que está negociando outras reivindicações que não seja o pagamento do reajuste salarial, que deveria ter ocorrido em setembro e só será quitado em outubro do ano que vem, sem pagamento do retroativo. “Vamos avançar naquilo que é possível”, destacou Rollemberg.

O comando de greve dos professores não saiu satisfeito da reunião. A categoria, em greve desde 15 de outubro, faz assembleia nesta quarta (4), às 10h, na frente do Palácio do Buriti. “Foi uma reunião sem novidades. Não houve avanço”, disse Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro.

O governador, por sua vez, ressaltou que é possível, sim, atender a algumas reivindicações, como a manutenção da jornada ampliada e o pagamento de auxílio-alimentação e transporte para os professores temporários.

Técnicos de enfermagem
Em relação aos técnicos de enfermagem, o governador explicou que para atender a alguns dos pleitos da categoria, como mudança no nome da função e manutenção da jornada de trabalho de 20 horas semanais, vai precisar enviar projetos de lei para a Câmara Legislativa. Segundo o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, um grupo de trabalho será criado para estudar essas alterações e em 45 dias deve propor as minutas dos projetos.

A resposta ao Palácio do Buriti veio rápida. Após o encontro, os servidores fizeram uma assembleia e decidiram manter a greve. Os técnicos vão fazer uma nova assembleia na quinta (5), 10h, em frente ao Buriti

O Governo do DF enfrenta uma onda de paralisações por conta do não pagamento da última parcela do reajuste salarial, aprovado em 2013 na gestão do petista Agnelo Queiroz. A greve de alguns servidores, entre eles os professores, foi decretada ilegal pela Justiça.

Mesmo multado em R$ 400 mil por dia de paralisação, o sindicato defendeu a manutenção do movimento até agora. Na semana passada, depois de uma ação considerada truculenta da Polícia Militar, seis docentes acabaram presos. A PM usou gás de pimenta, balas de borracha e bombas de efeito moral para retirar os docentes que bloquearam as saídas Sul e Norte como forma de protesto.

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