Governo propõe a servidores pagar retroativo a partir de 2017
Com essa proposta, Rollemberg espera encerrar greves que paralisam serviços públicos no DF. Negociações avançam pela primeira vez
atualizado
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Em mais uma tentativa de acabar com os movimentos grevistas que prejudicam a vida do brasiliense, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) propôs, nesta quinta-feira (5/11), aos servidores do GDF pagar em 2017 o retroativo referente ao reajuste salarial. O aumento deveria ser pago em setembro, mas só será quitado em outubro do ano que vem. A proposta deixou os funcionários públicos insatisfeitos, principalmente porque o governo não explicou como seria paga a diferença.
Com a proposta, o governo assegura que os direitos dos trabalhadores serão preservados. O pagamento do reajuste e do retroativo está condicionado às fontes extras de arrecadação. O início do pagamento da última parcela dos aumentos autorizados em 2013 permanece para outubro do ano que vem, medida condicionada à aprovação de um conjunto de projetos de lei protocolados na Câmara Legislativa.
Pela primeira vez, as negociações avançaram. A proposta agradou ao presidente do Sindireta, Ibrahim Yusef. Ele reconhece que as negociações avançaram. “O reconhecimento do retroativo mostra que o governo não vai calotear o servidor. A decisão sobre a greve será do colegiado”, afirmou. A assembleia da categoria está marcada para a próxima terça (10), na Câmara Legislativa.
Grupo de trabalho
Um grupo de trabalho será constituído por integrantes do governo, lideranças sindicais e membros de outras instituições que queiram contribuir com o processo. “Continuamos os diálogos com os sindicatos com o objetivo de retomar a normalidade dos serviços públicos. Avançamos na criação do grupo e, partir da garantia de receitas, construiremos um calendário de pagamento dos retroativos no próximo ano”, afirmou Rollemberg.
De acordo com secretário de Fazenda, Pedro Meneguetti, a proposta reafirma a intenção do governo em honrar integralmente os benefícios concedidos ao funcionalismo. “Trata-se de um projeto transparente que demonstra que não vai haver calote”, disse.
O reajuste é devido a 32 categorias do serviço público local. Médicos e professores da rede pública estão em greve por conta do não pagamento do reajuste. Outras categorias como servidores do DER e do Na Hora também. Segundo o GDF, a última parcela do reajuste implica em um aumento de R$ 150 milhões na folha de pagamento.
A reunião (foto) ocorreu na manhã desta quinta-feira (5/11) e contou com a participação da presidente da Câmara, Celina Leão (PDT) e do deputado federal Roney Nemer (PMDB).