Metroviários fazem “campana” em frente ao Palácio do Buriti
Grupo está desde as 10h em frente ao monumento. Categoria cobra reajuste e nomeação de novos servidores
atualizado
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Um grupo de funcionários da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) está desde as 10h desta quinta-feira (9/11) em frente ao Palácio do Buriti. Para escapar da chuva, foram montados dois toldos. Eles reivindicam reajuste de 8,4% referentes ao INPC de 2015 – época em que foi firmado acordo com o GDF.
Neste momento, cinco representantes do Sindicato dos Metroviários (Sindmetro) e o advogado da entidade estão reunidos com membros da Casa Civil para tratar das negociações.Os metroviários alegam que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) assinou Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) prometendo pagar os reajustes assim que o GDF saísse do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que ocorreu no início de outubro. Além disso, a categoria cobra a contratação de funcionários. O governo, contudo, afirma que não há dotação orçamentária para a concessão de aumento e a nomeação de servidores.
Outra reclamação do Sindmetro diz respeito aos programas de qualificação funcional. Segundo dirigentes sindicais, hoje, no DF, os 24 trens que compõem a frota estão sendo pilotados por profissionais sem treinamentos atualizados.
Braços cruzados
Os metroviários iniciaram um movimento de paralisação na manhã desta quinta (9). A Companhia do Metropolitano manteve 75% da frota rodando, com 18 trens em funcionamento. Das 24 estações, 22 ficaram abertas para embarque e desembarque.
As paradas da Asa Sul e da Guariroba, em Ceilândia, funcionaram apenas para a saída de passageiros. Ao meio-dia, a circulação dos trens foi encerrada e só retornou às 16h30. O mesmo esquema será mantido nos horários de pico no fim da tarde.
A intenção da empresa é garantir o atendimento à população, mesmo diante da greve da categoria, no horário de pico. Para funcionar, os gerentes e pilotos estão nos postos de trabalho. Durante a manhã, algumas catracas ficaram abertas, mas na volta para casa a intenção da empresa é cobrar pela passagem.
A categoria decidiu entrar em greve após assembleia na noite de quarta (8), mesmo com decisão judicial determinando que 90% dos trens continuassem rodando nos horários de pico. A liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) estipulou ainda a circulação de 60% da frota nos demais períodos até o fim da paralisação.