metropoles.com

“Decisão do TCU não impede reajuste a policiais e bombeiros”, diz Torres

Secretário de Segurança Pública do DF reforçou que presidente Bolsonaro tem a palavra final e deve bater martelo ainda nesta semana

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
policiais militares
1 de 1 policiais militares - Foto: Reprodução

Caso o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bata o martelo, o reajuste de policiais (militares, civis) e bombeiros do Distrito Federal será de 8%, retroativo a 1º de janeiro de 2020 e pago em parcela única. E a expectativa é de que a decisão saia nos próximos dias. A avaliação é do secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.

Responsável pelo combate ao crime na capital, Torres, que é delegado da Polícia Federal, está otimista com a aprovação da recomposição salarial para as forças de segurança distritais. “Vejo grande chance de a gente ter êxito nisso”, pontuou, em entrevista ao Metrópoles, na tarde desta quinta-feira (21/05). O secretário vem participando de reuniões no Palácio do Planalto sobre o tema.

Torres entende que a decisão desfavorável do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os recursos do Fundo Constitucional do DF (FCDF) gerou impacto negativo na discussão do reajuste, mas não impede a concessão da recomposição salarial.

Sobre a decisão, Torres acredita que o GDF deverá tomar as medidas necessárias para recorrer. “Nós temos uma responsabilidade muito maior com a população do DF”, frisou. Segundo o secretário, se a sentença for mantida, o impacto negativo para a segurança pública será extremamente negativo.

Conforme publicado pela coluna Grande Angular, do Metrópoles, a Corte de Contas determinou ao Governo do Distrito Federal (GDF) a devolução de R$ 5,6 bilhões ao fundo, referentes às contribuições previdenciárias dos servidores da Segurança Pública do DF indevidamente repassadas ao governo local de janeiro de 2003 a agosto de 2016.

O TCU também confirmou, nessa quarta (20/05), que o DF não pode usar o FCDF para pagar despesas de anos anteriores. A prática deve ser regulamentada em 90 dias, contados a partir do fim da pandemia de Covid-19.

Metade do Fundo Constitucional recai sobre a Segurança Pública. A outra metade, sobre Saúde e Educação. Também é gravíssimo. Na minha visão, uma decisão dessa inviabilizaria muita coisa no GDF

Anderson Torres, secretário de Segurança Pública

Pesam também fatores políticos, como a pressão de outros estados contra a recomposição salarial. “Mas deixamos muito encaminhado para acontecer”, assinalou o secretário.

5 imagens
A PMDF depende da redução do interstício para acelerar as promoções
O relator da matéria é o ministro Walton Alencar Rodrigues
O GDF já recorreu de outra decisão semelhante, que obrigava devolução dos valores referentes ao Imposto de Renda que incide sobre os salários pagos pelo FCDF
Além dos policiais e bombeiros militares, o Fundo Constitucional do DF paga as despesas da Polícia Civil do DF (PCDF)
1 de 5

Sede do TCU

Foto: Felipe Menezes/Metrópoles
2 de 5

A PMDF depende da redução do interstício para acelerar as promoções

Daniel Ferreira/Metrópoles
3 de 5

O relator da matéria é o ministro Walton Alencar Rodrigues

TCU/Divulgação
4 de 5

O GDF já recorreu de outra decisão semelhante, que obrigava devolução dos valores referentes ao Imposto de Renda que incide sobre os salários pagos pelo FCDF

5 de 5

Além dos policiais e bombeiros militares, o Fundo Constitucional do DF paga as despesas da Polícia Civil do DF (PCDF)

MICHAEL MELO/METRÓPOLES
Recursos reservados

Segundo Torres, a negociação vem desde de 2019. Conforme pontuou, o Governo do Distrito Federal (GDF) reservou recursos para honrar o compromisso com as forças de segurança distritais. “Estamos ainda aguardando a sanção do PLN nº 01/2020, que autoriza o pagamento retroativo a janeiro deste ano, conforme combinado com as categorias”, explicou.

Na sequência, o Planalto precisa editar medida provisória estabelecendo o reajuste. Tudo isso antes da sanção do PLN nº 39/2020, cujo texto irá congelar os salários dos servidores públicos.

“Na verdade a gente nem considera isso um aumento salarial. É uma reposição salarial”, argumentou Torres. A Polícia Civil não tem reajuste há anos. E o militares do DF sofreram perda de rendimentos com a reforma da Previdência da União, aprovada no Congresso Nacional em 2019.

Até então, o percentual do reajuste e o pagamento do retroativo eram especulados pelos personagens envolvidos no debate. Mas, segundo o secretário de Segurança do DF, os valores reais são os seguintes: a MP dará 8% de reajuste direto para policiais civis; no caso dos militares, a recomposição começa com 25% na gratificação da Vantagem Pecuniária Especial (VPE). A medida vai gerar recomposição de 8% no contra-cheque de PMs e bombeiros.

“Estamos em momento delicado, difícil, mas isso não é de hoje. As tratativas vêm desde o início de 2019. Desde que assumimos aqui. Estamos muito perto de uma definição”, afirmou. “Nossa expectativa é essa. Estive três vezes no Palácio do Planalto para tratar desse assunto”, completou Anderson Torres.

7 imagens
Ibaneis procurou apoio do presidente Bolsonaro para a aprovação
A PM é uma das forças que vai receber o aumento
Anderson Torres
Polícia Militar do DF
Na véspera da assinatura da MP que concede aumento às forças de segurança do DF, ex-deputado Alberto Fraga esteve com Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada
1 de 7

Brasília (DF) - 24/12/2019 O governador Ibaneis em reunião com o presidente Jair Bolsonaro.

Imagem cedida ao Metrópoles
2 de 7

Ibaneis procurou apoio do presidente Bolsonaro para a aprovação

Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 7

A PM é uma das forças que vai receber o aumento

Igo Estrela/Metrópoles
4 de 7

Anderson Torres

André Feitosa/SSP-DF
5 de 7

Polícia Militar do DF

Daniel Ferreira/Metrópoles
6 de 7

Na véspera da assinatura da MP que concede aumento às forças de segurança do DF, ex-deputado Alberto Fraga esteve com Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada

Igo Estrela/Metrópoles
7 de 7

Um oficial do Corpo de Bombeiros trabalhava junto à CAP, mas foi realocado na corporação. Hoje, faz o serviço, mas em ambiente separado

Hugo Barreto/Metrópoles
Previsões

Com a nova configuração, a previsão é de que o vencimento de um agente da Polícia Civil, que atualmente varia entre R$ 8.698,78 e R$ 13.751,51, passaria de R$ 9.394,68 para R$ 14.851,63, a depender das progressões na carreira. Já a remuneração dos delegados, hoje de R$ 16.830,85 a R$ 22.805,00, ficaria entre R$ 18.177,32 e R$ 24.629,40.

Para os militares, as recomposições oscilam de R$ 1.498,95, para o cargo de soldado, até R$ 7.279,17, no caso de coronel, último posto da hierarquia. Com o incremento, passariam a ser de R$ 1.873,69 a R$ 9.098,96, respectivamente.

Policiais civis e militares e bombeiros agora vivem horas de expectativa. Pois, em tese, o Planalto precisa publicar a MP antes de suspender o aumento de servidores públicos, conforme recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?