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CUT repudia “calotes” de Rollemberg e servidores do Detran aderem à greve

Movimento grevista ganha reforço, mesmo com ameaça de corte de ponto e decisões judiciais sobre ilegalidade das paralisações

atualizado

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A lista das categorias do Governo do Distrito Federal em greve pelo pagamento do reajuste aumentou. Nesta terça-feira (27/10), os funcionários do Detran-DF amanheceram de braços cruzados e todas as unidades do órgão estão de portas fechadas, suspendendo todos os serviços, entre eles vistoria e emissão de Carteira de Habilitação. Na tentativa de obrigar os servidores a voltarem ao trabalho, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tem recorrido à Justiça para decretar a ilegalidade dos movimentos e reafirmou a intenção de cortar o ponto dos grevistas.

As ameaças, entretanto, não têm surtido efeito, já que o Palácio do Buriti anunciou o pagamento do reajuste apenas em outubro de 2016 e sem retroativo. A proposta, considerada uma “provocação”, exaltou os ânimos dos dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

“Vamos repudiar os calotes generalizados, o desrespeito e a falta de diálogo com os representantes dos trabalhadores, a criminalização e judicialização dos movimentos social e sindical…”, afirma o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no DF, Rodrigo Britto. O discurso do presidente da central é reforçado pelos demais dirigentes.

Não vamos abrir mão do reajuste salarial que deveria ter sido feito, conforme estabelecido em lei, a partir de setembro para as 32 categorias do funcionalismo. Vamos radicalizar.

Julimar Roberto, dirigente da CUT-DF

A central participa, às 10h, na Praça do Buriti, de uma assembleia conjunta dos servidores do DER, Secretaria de Agricultura, DFTrans, Na Hora e SLU em greve.

Professores
Hoje, professores da rede pública, em greve desde o dia 15, fazem assembleia na frente da Câmara Legislativa, às 9h30, e devem manter a paralisação. “Não houve avanço nas negociações. Fomos notificados da decisão da Justiça que decretou a ilegalidade da nossa greve, mas recorremos”, disse Rosilene Corrêa, diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro). Depois, os docentes seguem para a Praça do Buriti.

Divulgação/SAE
Professores e administrativos da rede pública de ensino fizeram piquetes no Palácio do Buriti e na Secretaria de Educação*Divulgação/SAE**

 

Detran
Segundo Fabio Medeiros, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran), a categoria reivindica, entre outros quesitos, a última parcela do reajuste dos salários, melhores condições de trabalho e melhorias de infraestrutura e nos equipamentos de segurança dos agentes. “Além disso, pedimos melhorias no layout de atendimento nas unidades. O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) já determinou, em auditoria, que a estrutura não está correta”, afirma Medeiros.

A categoria tem reunião marcada para as 11h com representantes do governo. “Dependendo do que eles nos oferecerem, vamos repassar a proposta aos servidores em uma nova assembleia, marcada para as 16h”, explica Medeiros.

Outras categorias
Os servidores da Saúde mantiveram a paralisação em assembleia realizada na segunda (26).  Já os funcionários das escolas públicas do DF (porteiros, auxiliar administrativo, merendeiras, psicólogos, apoio escolar) também repudiaram o calendário de pagamento de Rollemberg e decidiram dar continuidade à greve.

“A assembleia foi unânime em aprovar a continuidade da greve. Estaremos nas ruas contra essa proposta indecente do governador Rollemberg. Se ele (o governador) quer fazer o pagamento de reajuste de salário em 2016, então nós só voltaremos a trabalhar em 2016. A responsabilidade da greve de todas as categorias é do governador Rollemberg”, afirma o dirigente do SAE, sindicato que representa os servidores das escolas públicas, Denivaldo Nascimento. Na segunda, os servidores fizeram piquetes no Palácio do Buriti e no prédio da Secretaria de Educação.

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