Auditores fiscais fazem protesto por reajuste em portos e aeroportos
Servidores analisam as bagagens de todos os passageiros de voos internacionais, em filas de mais de duas horas. Na manhã desta quinta (14/7), eles ocuparam a entrada do gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Categoria cobra reajuste salarial
atualizado
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Auditores fiscais da Receita Federal iniciaram nesta quinta-feira (14/7) operação padrão em protesto ao descumprimento, por parte do Governo Federal, do pagamento do acordo salarial fechado com a categoria há cerca de quatro meses. A ação está sendo realizada em aeroportos, portos e pontos fiscais em todo o país, além do Distrito Federal. Em Brasília, dezenas de servidores ocupavam no final da manhã entrada principal do gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Eles prometem só deixar o local após serem recebidos pelo ministro.
O aumento dos salários dos auditores havia sido acordado em 23 de março com o governo da presidente afastada Dilma Rousseff, mas a categoria ficou de fora dos projetos de recomposição salarial de servidores federais aprovados no Congresso Nacional. Agora, os auditores pressionam para o que o governo do presidente em exercício Michel Temer edite uma medida provisória garantindo o reajuste.
A operação já causou filas e incomodou passageiros em vários terminais. No Aeroporto Internacional de Brasília, três voos internacionais pousaram nesta manhã. Quem mais sofreu com a retenção foram os passageiros que chegaram de um voo que partiu de Miami, por volta das 10h.
Com a operação padrão, todos passam pela alfândega. Fora do movimento, a revista da bagagem é feita apenas por amostragem. Com isso, a espera, que antes era de 15 minutos, chega a mais de duas horas.
A análise minuciosa de bagagens em aeroportos ocorre, por enquanto, apenas nesta quinta. No entanto, há possibilidade de que ações como essa voltem a acontecer. Já o exame de cargas será realizado rigorosamente as terças e quintas em todos os pontos de entrada e saída do Brasil. A exceção é somente para medicamentos e equipamentos hospitalares, insumos laboratoriais e perecíveis.
Já às segundas, quartas e sextas, os auditores fiscais estarão em operação “Meta Zero”, na qual não repassam ao sistema de Receita Federal os créditos resultantes de fiscalizações.
