Agentes socioeducativos terminam greve
Categoria aceitou proposta do governo, que prometeu apresentar cronograma de pagamento de reajuste de 10% em 60 dias
atualizado
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Em assembleia realizada no Recanto das Emas, neste sábado (17/10), os agentes socioeducativos do Distrito Federal decidiram encerrar a paralisação, que durou nove dias. Segundo nota do Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa (Sindissedf), a categoria decidiu aceitar nova proposta apresentada pelo governador Rodrigo Rollemberg durante a reunião com o comando de greve na tarde do mesmo dia.
De acordo com a nota, entre os itens da proposta apresentada por Rollemberg, estão o abono de faltas dos dias de greve, a instalação dos postos policiais nas unidades de Santa Maria e São Sebastião, identidade funcional, realização do pagamento de horas extras e adicional de insalubridade, aquisição de veículos novos e a concessão da desindexação da gratificação de titulação (GTIT).
Conforme o documento divulgado pelo sindicato, o governo apresentará um cronograma de pagamento do reajuste de 10% reivindicado pela categoria em 60 dias. O salário inicial de um agente é de R$ 3,5 mil. O quadro de servidores conta com 1,4 mil trabalhadores. Eles são responsáveis por fazer a segurança e o acompanhamento de jovens em conflito com a lei em 27 unidades – cinco de internação, uma unidade de saída sistemática, uma provisória, 15 de liberdade assistida e cinco casas de semiliberdade.
No domingo (11), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal julgou “ilegal e abusiva” a greve dos agentes socioeducativos. A corte também determinou o retorno imediato dos servidores ao trabalho e ameaçou aplicar uma multa diária de R$ 50 mil caso a decisão fosse descumprida. Mas o sindicato só foi notificado uma semana depois, neste sábado (17).
A paralisação começou no dia 8 deste mês. Uma semana depois, o movimento endureceu. Os agentes suspenderam, na manhã da última quinta-feira (15), a internação de crianças e adolescentes infratores. Além disso, um grupo de servidores protestaram em frente às unidades de atendimento juvenil no Setor de Abastecimento e Armazenamento Norte (SAAN).
Agentes penitenciários
O governo agora tenta convencer os agentes penitenciários a voltar ao trabalho. A categoria retomou o movimento grevista após assembleia na última terça-feira (13/10), depois de interromper a paralisação por força de uma decisão judicial que julgou ilegal a greve iniciada no dia 7.
Desde terça-feira (13), estão suspensas as visitas a presos, acessos de advogados, oficiais de Justiça e escoltas judiciais. Os servidores mantêm a segurança das unidades, a distribuição de alimentos e o banho de sol. Ao todo, existem 1,2 mil agentes atuando no sistema penitenciário do DF. As celas abrigam mais de 14 mil pessoas.