Servidor é suspeito de fugir com R$ 5 mi da previdência de deputados
Departamento de Polícia Legislativa da Casa e MPF investigam o caso. Funcionário foi afastado do cargo e pode estar no exterior
atualizado
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O Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados e o Ministério Público Federal investigam um servidor da Casa suspeito de ter desviado pelo menos R$ 5 milhões da Previdência dos parlamentares. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, Leandro Cezar Vicentim foi afastado da função após as suspeitas. Antigos colegas dizem que o funcionário deixou o país.
O esquema, de acordo com a investigação, funcionava por meio de uma empresa aberta por Vicentim com o mesmo nome do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). O servidor recolhia a contribuição dos parlamentares, que eram pagas em boleto bancário, mas o destino era uma conta da empresa, em vez de recolhido para o fundo previdenciário.
Em 2 de fevereiro, Vicentim acabou afastado e foi aberto um processo administrativo disciplinar, além de um inquérito policial, contra o funcionário. Na mesma época, a Secretaria de Controle Interno iniciou auditoria nas contas do plano parlamentar. Há suspeita de que o rombo pode ser maior do que o previsto inicialmente.
Vicentim é servidor de carreira há cinco anos. Segundo funcionários da Casa, ele dominava todo o sistema de Previdência dos deputados. A reportagem tentou localizá-lo, mas não conseguiu até a conclusão desta edição.
Outro lado
O servidor Leandro Cezar Vicentim negou que tenha causado prejuízo à Câmara e afirmou que tinha o consentimento dos deputados para realizar investimentos paralelos ao Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). Por meio de seu advogado, Maurício Carneiro, o funcionário da Câmara informou que está voltando para o país nesta quinta-feira (1º) e disse que não cometeu “qualquer tipo de ilícito”.
Segundo o advogado, os deputados tinham investimentos com a empresa do servidor em paralelo ao plano de Previdência. “Ele não se apropriou de nada”, disse Carneiro.
A defesa enfatizou que não há “qualquer tipo de ilícito” cometido por Vicentim, seja administrativo ou penal, e que tudo ocorreu com a “anuência das partes envolvidas”. De acordo com o advogado, os parlamentares tiveram “inclusive lucro” com os investimentos.