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Servidor da Novacap é condenado a 73 anos por estupro e pedofilia

O homem foi acusado de abusar de três sobrinhas quando ainda eram crianças. Durante o julgamento, ele admitiu a prática dos crimes

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1 de 1 Servidor-novacap-3 - Foto: PCDF/Divulgação

O servidor da Novacap acusado de estupro de vulnerável e pedofilia praticados contra três sobrinhas foi condenado a 73 anos de prisão. A decisão é do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Circunscrição de Ceilândia. O período leva em conta as penas de 25 anos e 4 meses de reclusão em um processo e de 48 anos e 7 meses em outro, a serem cumpridas em regime inicialmente fechado.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou na residência do acusado farto material, como tablets, celulares, notebooks, pen drives, doces e desenhos de crianças colados na parede. Os investigadores também apreenderam vídeos de pornografia gravados com uma das vítimas, que ajudou na prisão provisória dele.

Uma das sobrinhas contou que os abusos praticados pelo tio se iniciaram quando ela tinha 8 anos, e só cessaram quando completou 15. A outra relatou ter sido abusada dos 6 aos 13 anos. Em juízo, o réu confessou a prática dos crimes e declarou que participava de sites de comunidades mundiais de pedofilia.

O juiz registrou que “a materialidade dos delitos sobressai de forma incontestável pelos documentos carreados à ação penal e pelos depoimentos judiciais constantes dos autos”. “Quanto à autoria, ela emerge inequívoca do conjunto probatório dos autos, especialmente pelo depoimento da vítima, prestado na fase inquisitorial e na instrução criminal, que atestaram de forma segura a dinâmica dos fatos e as condutas do réu, não havendo lastro para dúvidas de que ele é o autor dos delitos narrados na denúncia.”

Segundo o julgador, foi comprovado que “o réu obteve acesso fácil à criança em razão da convivência familiar que mantinha e da comprovada proximidade entre a residência da vítima e a dele”.

Estupros

O servidor foi preso, em 10 de agosto de 2018, durante a Operação Infância Não Tem Preço. Segundo informações da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte), o auxiliar técnico de 50 anos teria abusado de crianças em sua residência, na Ceilândia, inclusive menores da própria família, conforme revelou o Metrópoles.

No imóvel do servidor, havia uma espécie de estúdio utilizado pelo acusado para filmar e fotografar crianças nuas. No mesmo espaço, de acordo com a polícia, o servidor estuprava as vítimas. Para conquistar a confiança delas e evitar que revelassem os crimes, o homem tinha o costume de presenteá-las com doces, brinquedos e dinheiro.

Muito material relacionado à pedofilia foi apreendido na casa do suspeito, um sobrado que fica em frente a uma escola de ensino fundamental em Ceilândia. Entre os objetos recolhidos na casa estavam equipamentos de vídeo, computadores e celulares.

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Brinquedos também eram usados pelo acusado, segundo a polícia
Na casa, onde o acusado morava com a mãe, foram encontrados desenhos de crianças
Piscina seria usada por acusado para tomar banho com as crianças
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Servidor atraía crianças com doces e balas

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Brinquedos também eram usados pelo acusado, segundo a polícia

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Na casa, onde o acusado morava com a mãe, foram encontrados desenhos de crianças

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Piscina seria usada por acusado para tomar banho com as crianças

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Material apreendido na casa do acusado será periciado

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Abusos

Na parte de cima do sobrado, que seria uma espécie de estúdio fotográfico, foram achados também brinquedos, desenhos, cama elástica e até uma piscina, onde o suspeito costumava tomar banho com as crianças. Os policiais encontraram, inclusive, um simulacro de arma.

O delegado Ricardo Bispo, da 19ª DP, disse que o homem guardava diversas imagens de crianças nuas e de ele próprio praticando sexo com menores. O funcionário publico confessou que chegou a encaminhar o material para sites no exterior, como na Rússia, segundo relatou o policial.

Conforme explicou Ricardo Bispo, a operação foi batizada de Infância Não tem Preço pelo fato de o acusado presentear suas vítimas e realizar pagamentos para que os familiares não fizessem denúncia contra ele.

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