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Servidor do DF acusado de extorquir presidente do SindSaúde é demitido

Caso ocorreu em 2015. À época, os servidores foram acusados de pedir propina para evitar que o SindSaúde precisasse apresentar documentos

atualizado

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Marli Rodrigues – sindsaude
1 de 1 Marli Rodrigues – sindsaude - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Três anos após condenação à perda de cargo público por acusação de tentar extorquir, em 2015, a então presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SindSaúde), Marli Rodrigues (foto em destaque), um dos servidores envolvidos no caso, Edvaldo Simplício da Silva, foi demitido pelo Governo do Distrito Federal (GDF).

A informação consta no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (18/11). O ex-servidor atuava na função de técnico assistencial em políticas públicas e gestão governamental. O desligamento tem caráter retroativo e passa a contar desde 17 de agosto de 2022.

Veja a publicação no DODF desta sexta-feira (18/11):

Documento demissão no DODF

 

Edvaldo e outros dois servidores teriam cobrado propina para que o SindSaúde não apresentasse documentação exigida para renovar o sistema do desconto em folha dos filiados.

O servidor, técnico concursado da extinta Secretaria de Planejamento; o então gerente da pasta, Christian Michael Popov; e o então ouvidor da Vice-Governadoria do Distrito Federal, Valdecir Marques de Medeiros, aparecem em gravação durante a tentativa de extorsão.

A empresária Beatriz Casagrande Simplício da Silva, filha de Edvaldo, teria usado o CNPJ da própria empresa para tentar camuflar a operação ilegal.

Registrados em áudio e vídeo, os diálogos com os funcionários públicos foram encaminhados aos promotores públicos. O caso ocorreu durante a gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

Em janeiro de 2019, os três foram condenados pela 3ª Vara Criminal de Brasília por lavagem de dinheiro e concussão – ato de exigir para si ou para outros dinheiro ou vantagem em razão da função.

Os réus foram condenados, em primeira instância, à perda da função pública que exercessem e dos direitos políticos por cinco anos. Também ficaram proibidos de contratar com o poder público ou receber benefícios do Estado por três anos e devem pagar multa civil no valor de 10 vezes a remuneração recebida no último cargo.

Os acusados chegaram a recorrer, mas perderam na segunda instância, que manteve a sentença integralmente.

Entenda o caso

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ingressou com ação de improbidade administrativa contra quatro pessoas acusadas de se aproveitarem dos cargos que ocupavam no GDF para exigir propina do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF).

Na petição, o órgão alegou que Edvaldo Simplício da Silva, Valdecir Marques de Medeiros e Christian Michael Popov teriam pedido o pagamento a Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde, a fim de resolver um suposto problema na renovação do código de desconto para consignação em folha dos filiados ao sindicato.

Segundo o MPDFT, o dinheiro seria lavado por meio de contrato fictício com a empresa Netsaron Corretora de Seguros. A quarta acusada, Beatriz Casagrande Simplício da Silva, é filha de Edvaldo e seria administradora da empresa.

Deflagrada em agosto de 2016, a Operação Delfos investigava a associação criminosa de servidores públicos e comissionados do Distrito Federal para obter vantagens ilícitas. Participaram das investigações, a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários da Saúde (Prosus) e a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), com apoio da 5ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep).

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