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Senado manifesta apoio às vítimas de racismo em jogo escolar do DF

Os estudantes de escola particular foram chamados de ‘macaco’ e‘filho de empregada’ por alunos de colégio adversário em jogo de futsal

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1 de 1 congresso nacional - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (16/4) voto de solidariedade aos alunos vítimas de racismo e de preconceito social em partida de futsal no Distrito Federal. Os estudantes da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima foram chamados de “macaco”, “filho de empregada” e “pobrinho” por alunos do colégio Galois.

“De forma ainda mais preocupante, a nota aponta que o episódio inaceitável ocorreu apesar da presença de diversos responsáveis no local, sem que tenha havido intervenção contundente por parte dos funcionários e professores do colégio Galois, ou dos juízes da partida”, destacou o requerimento da senadora Leila Barros (PDT-DF).

Os senadores reforçaram a importância de que os estudantes sejam investigados e responsabilizados pelas atitudes.

“Mais do que apenas lidar com as consequências imediatas desse incidente, é fundamental que o Colégio Galois e outras instituições educacionais vejam isso como uma oportunidade de aprendizado e transformação, comprometendo-se verdadeiramente com a construção de um ambiente escolar mais justo, inclusivo e respeitoso para todos os alunos”, destacou o texto.

MPDFT investiga

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou uma notícia de fato para esclarecer o incidente e apurar as responsabilidades. Segundo o órgão, o Núcleo de Enfrentamento à Discriminação agendou reuniões com representantes das instituições e vai colher informações preliminares e eventuais medidas serão avaliadas posteriormente.

Ministério repudia

No sábado (13/4), o Ministério do Esporte publicou uma nota repudiando as falas preconceituosas dos alunos. A pasta declarou que é inaceitável episódios de discriminação racial, especialmente em um ambiente tão importante para o desenvolvimento social e pessoal como o esporte escolar”.

Horas após a nota de repúdio do ministério, a fundadora do colégio particular Galois, Dulcinéia Marques, manifestou-se nas redes sociais da escola. Em um vídeo publicado na página da unidade, a educadora garantiu que haverá punição aos envolvidos.

“Tomaremos todas as medidas, tanto pedagógicas quanto educacionais e de direito”, prometeu a fundadora. “Não mediremos esforços para identificar, aliás, já começamos a identificar”, disse Dulcinéia.

Racismo em jogo

O caso ocorreu em 3 de abril, no ginásio da unidade localizada na Quadra 601, durante o torneio Liga das Escolas, mas só veio à tona na sexta-feira (12/4), quando a escola Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima publicou uma nota de repúdio relatando o crime de racismo.

A instituição também solicitou que a direção do outro colégio tome medidas imediatas para que fatos como esse não voltem a se repetir, por meio de ações educativas preventivas ao preconceito racial e social, bem como que identifique os responsáveis pelos ataques, com aplicação de medidas disciplinares e educativas.

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