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Sem retorno das aulas, empresários calculam que 120 escolas fecharão no DF

Ainda há previsão de mais 3 mil demissões de professores devido ao longo período de fechamento dos colégios da capital do país

atualizado

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Myke Sena/Especial para o Metropoles
Violência nas escolas
1 de 1 Violência nas escolas - Foto: Myke Sena/Especial para o Metropoles

Fechadas há cinco meses para aulas presenciais, as 570 escolas privadas do Distrito Federal têm sofrido com a evasão, a inadimplência e a instabilidade de vaivéns judiciais.

Embora o ensino on-line seja uma solução a fim de manter a rotina de aprendizado dos estudantes, mais de 1,2 mil alunos da rede privada migraram para a pública.

Tal fenômeno reduziu o faturamento dos colégios e, de acordo com estimativas do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF), 120 das 570 escolas privadas da capital do país podem fechar as portas nos próximos dias. Ou seja, 21% dos estabelecimentos educacionais pagos correm o risco de encerrar as atividades.

Além disso, 700 professores da educação infantil e básica perderam seus empregos e 800 do ensino superior também foram demitidos. A estimativa do Sinepe é que, até outubro, 3 mil fiquem sem empregos.

“Estamos em um cenário de demissão em massa. As autoridades estão desnorteadas, as decisões vão e voltam, sem respeitar o investimento das escolas para receberem os alunos. Estamos numa crise séria e, agora, nossa missão é tentar dar suporte àquelas prestes a falir”, lamenta o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.

Sem perspectiva

Para ele, quando a Medida Provisória nº 936 expirar, os centros de ensino não terão mais como pagar seus funcionários e vão ter que começar o processo de falência, garantindo o pagamento dos professores e outros profissionais. “Em dezembro, a folha de pagamento de pessoal aumenta 330% devido ao 13º salário e férias. As escolas não têm orçamento suficiente”, expõe.

O Sinepe apresentou, nessa segunda-feira (10/8), um recurso contra a liminar que suspendeu as atividades presenciais na rede particular.

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O Arvense criou uma cabine de desinfecção
As aulas foram autorizadas e proibidas três vezes em menos de um mês
Higienização nas escolas públicas do DF
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As escolas privadas do DF investiram em adaptações para o retorno em 6 de agosto, mas decisão judicial proibiu a retomada

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O Arvense criou uma cabine de desinfecção

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As aulas foram autorizadas e proibidas três vezes em menos de um mês

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Higienização nas escolas públicas do DF

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No agravo regimental, a entidade pediu a revogação da decisão e o ingresso no processo. O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) Pedro Luís Vicentin Foltran atendeu a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) e suspendeu, na última quarta-feira (6/8), a volta às aulas, em um vaivém judicial que tem deixado toda a comunidade escolar perdida.

O Sinepe destacou, na peça enviada ao TRT-10, que a definição sobre o retorno efetivo das atividades presenciais “será levado para dezembro ou até mesmo após 2020, o que acarretará severos prejuízos ao setor educacional do Distrito Federal”. Isso por causa dos prazos previstos no processo judicial.

Autoriza e proíbe

O GDF suspendeu as aulas nas escolas públicas e particulares no dia 12 de março por causa da pandemia do novo coronavírus.

Quatro meses depois, o governo local autorizou o retorno das atividades presenciais nas unidades de ensino da rede privada a partir do dia 27 de julho. O MPT entrou na Justiça para barrar o regresso e obteve decisão favorável do juiz Gustavo Carvalho Chehab, que impediu o retorno por 10 dias.

Na terça-feira (4/8), a juíza Adriana Zveiter, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, derrubou a liminar de Chehab e autorizou a reabertura imediata – decisão revogada dois dias depois.

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