Sem pistas, bombeiros encerram buscas por mãe e filha desaparecidas
Mãe e filha estão desparecidas há 8 dias. Bombeiros encontraram nenhum indício das vítimas e vão acompanhar investigação com a PCDF
atualizado
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O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) encerrou, nesta quinta-feira (16/12), as buscas pela dona de casa Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, grávida de 4 meses, e Tauane Rebeca da Silva, 14, sua filha. As duas estão desaparecidas desde a última quinta-feira (9/12).
De acordo com os militares, as equipes não encontraram nenhum indício das vítimas e decidiram passar a acompanhar as investigações com a Polícia Civil do DF. Caso apareça alguma nova informação sobre o paradeiro de mãe e filha, a operação de busca e resgate será retomada.
As duas desapareceram em uma região de mata no Sol Nascente, após suposto passeio em um córrego próximo de onde moravam. As buscas no local duraram sete dias com apoio de mergulhadores, equipe com cães de busca e auxílio de drone. Segundo o CBMDF, foram aproximadamente 6 Km de distância de procura nas margens do rio.
Veja imagens das buscas:
Investigação
Na terça-feira (14/12), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu uma nova linha de investigação sobre o sumiço de Shirlene e Tauane. Agora, a 23ª DP também trabalha com a hipótese de as duas terem fugido para o Piauí.
Mesmo assim, a PCDF não descarta que a mulher e a filha possam ter sido vítimas de afogamento, devido forte chuva na região, ou vítimas de crime. “Nenhuma hipótese está descartada. É o tipo de situação que a gente não pode de forma prematura tirar conclusões precipitadas”, explicou Vander Rodrigues Braga, delegado responsável pelo caso.
Entenda
De acordo com o marido da dona de casa, o pintor Antônio Wagner Batista da Silva, 41, a última pessoa da família a ter contato com Shirlene e Tauane foi o filho caçula, Lucas, 12. A criança teria contado ao pai que a irmã insistiu com a mãe para que as duas descessem ao córrego. A família mora no local há pouco tempo e, nesse dia, Antônio estava trabalhando no Lago Norte.
A esposa teria pegado a mochila do menino, uma toalha amarela listrada, biscoitos e uma sombrinha. Depois disso, saiu para o passeio com a filha no início da tarde. Ao voltar para casa, por volta das 18h30, Antônio contou que teria encontrado o menino todo molhado e preocupado. A criança queria procurar a mãe e a irmã no córrego, mas foi surpreendida no caminho por uma chuva forte.
O marido disse que também se preocupou, porque já estava anoitecendo. Imediatamente, começou a ligar para parentes e conhecidos a fim de saber do paradeiro das duas. Na sequência, por volta das 20h, acionou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. As buscas começaram ainda na quinta-feira, às 21h. O pintor acompanhou tudo e achou a sombrinha da esposa no local. “Os bombeiros acharam dois pés de sandálias. E um deles parecia com o da minha filha, era toda rosa”, contou Antônio.