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Sem ônibus, paradas amanhecem lotadas no Distrito Federal

Rodoviários fazem paralisação de 100% da frota nesta segunda-feira. Ilegal, transporte pirata vira alternativa de transporte

atualizado

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Greve dos rodoviários no DF
1 de 1 Greve dos rodoviários no DF - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

As paradas de ônibus do Distrito Federal ficaram cheias logo no início da manhã desta segunda-feira (3/5), prejudicando a chegada ao serviço de vários trabalhadores. Os rodoviários cruzaram os braços por 24h, com paralisação de 100% da frota de ônibus no DF. A categoria exige vacinação de motoristas e cobradores contra Covid-19.

No centro de Ceilândia, dezenas de pessoas esperavam transporte por volta das 6h40. Sem opção, o brasiliense apelou para o transporte pirata. A reportagem flagrou diversos ônibus e vans irregulares oferecendo o serviço.

Veja imagens da paralisação em Ceilândia:

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Transporte pirata virou alternativa durante a greve dos rodoviários
Homem oferece transporte pirata durante a paralisação dos rodoviários em Ceilândia
Veículo de transporte irregular lotado em Ceilândia
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Paradas de ônibus no centro de Ceilândia ficaram lotadas devido à greve dos rodoviários na segunda-feira (3/5)

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Transporte pirata virou alternativa durante a greve dos rodoviários

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Homem oferece transporte pirata durante a paralisação dos rodoviários em Ceilândia

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Veículo de transporte irregular lotado em Ceilândia

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Por causa da greve, as faixas exclusivas da Estrada Parque Taguatinga (DF-085), da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (DF-075), do Eixo Monumental, do Setor Policial Sul e da W3 estão liberadas aos veículos leves enquanto durar a paralisação. Permanece inalterada a faixa do BRT- Sul.

O padeiro José de Jesus Barbosa de Castro, 35 anos, saiu de Águas Lindas, às 5h, e precisava chegar a Samambaia, na padaria em que trabalha, até as 7h30.

“Eu não acompanhei esse noticiário. Não estava sabendo. Agora, vou ter de me virar. Não sou a favor dos piratas. Vou pensar em outra opção”, pontuou.

A manicure Meire Dantas, 28, mora em Ceilândia e precisa chegar ao trabalho, na Asa Sul, às 8h. “Eu vim para a parada na esperança de que poderia encontrar um ônibus ou outro. Infelizmente, só os piratas estão rodando. Vou ter de pedir um transporte por aplicativo”, disse.

A paralisação refletiu no metrô, que também está em greve, com trens rodando de forma reduzida. Na Estação Ceilândia Centro, a reportagem viu trens partindo lotados.

Taguatinga

No Pistão Sul, próximo à estação de metrô de Taguatinga Sul, por volta das 8h, as paradas estavam mais vazias.

As pessoas esperavam por carona ou transporte pirata. A cozinheira Judite Pereira, 43, trabalha no Lago Sul e pega, diariamente, dois ônibus para chegar ao destino. Hoje, o objetivo é alcançar, pelo menos, a Rodoviária do Plano Piloto para tentar uma carona com os colegas de trabalho. “Esperei quase uma hora aqui. Mas vou tentar chegar de qualquer jeito, nem que seja de pirata. Porque, para a gente que trabalha para os outros, é constrangedor não ir trabalhar. Até porque (outros) conseguem ir, e a gente não tem justificativa para faltar”, lamentou.

O autônomo Edmilson Ferreira Lira, 53, saiu de Samambaia. Ele pegou o metrô até Taguatinga, e a intenção era chegar ao Gama. “Eu estava indo para conseguir um trabalho. Não posso perder dinheiro. Esperei 40 minutos e não apareceu transporte. Vou voltar para casa e pedir ao meu filho para me levar de moto. Vai ser a saída.”

Na estação de metrô, o movimento foi tranquilo pela manhã. Alguns passageiros buscaram a alternativa. “Nós estamos em greve, mas cumprimos a determinação judicial de ter trabalhadores do Metrô atuando nos horários de pico. E o que vimos foi que a circulação de gente está bem abaixo do esperado”, contou um funcionário, que não quis se identificar.

Vejam imagens da greve em Taguatinga:

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Movimento de passageiros durante a greve dos rodoviários no Pistão Sul, em Taguatinga

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Rodoviária do Plano Piloto

Enquanto as paradas das regiões administrativas permaneciam cheias, a Rodoviária do Plano Piloto ficou vazia. Diferentemente do movimento normal do dia a dia, não há filas em guichês.

A secretária Mariana Silva, 26, moradora do Entorno, conseguiu chegar ao terminal, mas não sabia como concluir o trajeto para o trabalho, na Asa Norte.

“Foi difícil chegar, os ônibus estão reduzidos. Agora, não sei nem se vou conseguir ir até o serviço. Já estou atrasada”, disse. A alternativa será procurar o transporte irregular. “Não tem outro jeito”.

As únicas empresas saindo do terminal são as que fazem transporte para o Entorno do DF: a União Transporte Brasília (UTB) e Central Expresso Luziânia (CTExpresso).

Veja imagens da Rodoviária vazia:

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A proposta é abordar mulheres que estão em trânsito para apresentar o projeto
Os ônibus vão operar durante a terça-feira com a tabela horária de domingo
As equipes dos idealizadores da ação estarão na Rodoviária nos dias 18, 20, 25 e 27 de maio e no dia 1º de junho, sempre das 9h às 16h
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A proposta é abordar mulheres que estão em trânsito para apresentar o projeto

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Os ônibus vão operar durante a terça-feira com a tabela horária de domingo

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As equipes dos idealizadores da ação estarão na Rodoviária nos dias 18, 20, 25 e 27 de maio e no dia 1º de junho, sempre das 9h às 16h

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Sem acordo

Por falta de acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF) sobre a vacinação, os rodoviários decidiram parar. No sábado (1º/5), o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-10) determinou que a greve da categoria ocorra de maneira moderada: 60% dos ônibus devem rodar nos horários de pico e 40%, no resto do dia. A pena para o descumprimento é de R$ 50 mil.

Na noite desse domingo (2/5), a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Sandra de Santis suspendeu decisão anterior da Corte que considerou a greve “ilegal e abusiva” e determinou multa de R$ 1 milhão caso a paralisação fosse mantida.

“A greve vai acontecer conforme já anunciado. É o lockdown dos rodoviários para cobrar a vacinação dos trabalhadores. Nesta segunda, não saia de casa. O trabalho volta normalmente na terça. Vamos estar firmes, apesar das ameaças que possam vir. Nossa luta é justa”, informou o Sindicato dos Rodoviários do DF (Sinttrater) em nota.

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