metropoles.com

Sem ônibus e metrô, piratas tomam conta do transporte em dia de greve

Teve usuário que desembolsou até R$ 10 para conseguir chegar ao destino, o dobro da passagem cobrada pelo sistema regular

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Felipe Menezes/Metrópoles
greve geral, piratas, transporte
1 de 1 greve geral, piratas, transporte - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Os brasilienses que precisaram se deslocar na manhã desta sexta-feira (28/4) recorreram ao transporte pirata. Sem ônibus e metrô, já que os funcionários aderiram à greve geral em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, mais de 1,2 milhão de passageiros ficaram a pé. Teve usuário que desembolsou até R$ 10 para conseguir chegar ao destino, o dobro da passagem cobrada pelo sistema regular.

O auxiliar administrativo João Lemos de Assis, 32 anos, pegou um ônibus pirata para ir ao trabalho. “O patrão avisou que cortaria o dia de quem não aparecesse. Então, vim de pirata mesmo. O problema foi pagar R$ 10, bem acima do valor da passagem normal”, disse ele.

A diarista Joana Alves, 41 anos, também só conseguiu chegar ao emprego em uma van irregular. “Acho que a greve é justa, mas tenho que garantir o pão e o leite. Não posso abrir mão de uma diária”, afirmou.

O Metrópoles percorreu vários pontos do Distrito Federal. Em cidades como Taguatinga, Gama, Santa Maria e Ceilândia, o movimento nas paradas de ônibus e nas estações do metrô foi intenso. Mas os passageiros não tiveram acesso ao transporte coletivo regular.

No Plano Piloto, os pontos estavam vazios. A reportagem não viu qualquer tipo de fiscalização para coibir a invasão dos piratas. Um deles, inclusive, ofendeu a equipe com um gesto obsceno (foto de destaque).

Na Rodoviária do Plano Piloto, que costuma circular cerca de 800 mil pessoas por dia, poucas pessoas chegavam.

6 imagens
1 de 6

2 de 6

Felipe Menezes/Metrópoles
3 de 6

4 de 6

5 de 6

6 de 6

A Justiça do Trabalho considerou a adesão ao movimento legal. Segundo o desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), “a paralisação faz parte de um movimento peculiar, que é uma greve geral, a qual não tem foco exclusivo nas demandas de apenas uma determinada categoria profissional”. Para ele, essa convocação é legítima em um Estado democrático de direito.

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?