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Sem match: Butantan descarta cruzamento de Naja fêmea do DF com macho de SP

Com a chegada da serpente apreendida no DF, Instituto tem, agora, dois exemplares. Reproduzir a espécie, no entanto, não é uma opção

atualizado

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Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
Naja no Zoo de Brasília
1 de 1 Naja no Zoo de Brasília - Foto: Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília

As cobras Naja kaouthia e Víbora-verde-de-Vogel – apreendidas após investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que investiga suposto esquema de tráfico de animais na capital – estão no Instituto Butantan, em São Paulo, desde a última quarta-feira (12/8).

A chegada de Najas no plantel da instituição não é algo inédito. Anteriormente, o centro já mantinha uma outra serpente, encontrada em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, há cerca de três anos. Agora, o Butantan tem dois exemplares asiáticos, um macho e uma fêmea. A cruza dos dois, no entanto, está descartada.

A Naja que picou Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, estudante de medicina veterinária suspeito de fazer parte de um grupo que opera no tráfico de animais exóticos, é uma fêmea. A serpente apreendida em Santa Catarina, um macho.

“Nosso principal papel, junto a órgãos fiscalizadores, são pesquisas, produção e divulgação. Recebemos animais apreendidos rotineiramente. Geralmente desenvolvemos atividades científicas de educação à população exótica, pois problemas podem ser causados à nossa fauna e flora. Não é nosso foco reprodução só por reproduzir”, diz Giuseppe Puorto, biólogo responsável pelo supervisionamento do plantel do Butatan.

Além da Naja e da Víbora-verde, cinco cobras-do-milho (Corn Snake), não peçonhentas, foram transferidas para o centro de pesquisa na capital paulista. “Elas chegaram um pouco agitadas, mas é normal, por conta distância das viagens”, diz Puorto.

As serpentes foram de carro do Zoológico de Brasília para o aeroporto, onde embarcaram para São Paulo em um voo comercial. Ao chegarem na capital paulista, uma nova viagem terrestre foi realizada, do aeroporto de Guarulhos até o local onde se encontram  atualmente – uma distância de pouco mais de 35km.

Em São Paulo, os animais foram registrados no sistema do instituto e na Secretaria do Meio Ambiente. Vale destacar, que a Víbora-verde-de-Vogel é a primeira no acervo do Butantan.

“Depois, elas foram encaminhadas para o setor veterinário, onde foram pesadas, medidas e examinadas, para ver se havia algum machucado”, conta Giuseppe.

Exposição ao público

Com praxe, as serpentes foram colocadas em quarentena, que durará entre 30 e 40 dias. Ficarão isoladas até 22 de setembro, inicialmente.

O especialista conta que o processo de isolamento é algo normal. “Se um dos nossos animais precisasse sair por algum motivo, ao retornar seria colocado em quarentena”, aponta.

“Caso seja notado alguma anomalia após esse período, elas permanecerão [em quarentena] por mais tempo”, revela Giuseppe Puorto.

O Butantan segue sem data para a reabertura, por conta das medidas de segurança contra a Covid-19. Após esse período, será definido se as serpentes serão destinadas para exposição no Museu Biológico ou para atividades científicas e de educação ambiental.

Veja como estão os animais na capital paulista:

8 imagens
Técnico do Butantan com a Víbora-Verde-de-Vogel
Medição da Víbora-Verde-de-Vogel
Naja sob cuidados do Butantan
Naja sob cuidados do Butantan
Naja sob cuidados do Butantan
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Víbora-Verde-de-Vogel

Instituto Butantan
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Técnico do Butantan com a Víbora-Verde-de-Vogel

Instituto Butantan
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Medição da Víbora-Verde-de-Vogel

Instituto Butantan
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Naja sob cuidados do Butantan

Instituto Butantan
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Naja sob cuidados do Butantan

Instituto Butantan
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Naja sob cuidados do Butantan

Instituto Butantan
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Naja sob cuidados do Butantan

Instituto Butantan
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Cobras na caixas

Instituto Butantan

 

O Centro de Pesquisa Biológica do Butantan ainda aguarda a importação de uma nova dose de soro antiofídico para Naja do tipo kaouthia. A instituição doou a unidade que tinha armazenada quando Pedro foi picado pela serpente, que criava ilegalmente em um apartamento no Guará. O jovem foi hospitalizado e chegou a ficar em coma, devido à agressividade do veneno da serpente asiática.

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