Sem andar após ataque de cães, mulher cita “trauma para resto da vida”
Ana Lúcia Faria Freire, 35, estava a caminho do trabalho quando foi surpreendida por 2 cachorros American Bullies soltos na rua sem coleira
atualizado
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A técnica de informática que teve pernas e braços dilacerados por dois cachorros da raça American Bully, em Alexânia (GO), não está conseguindo andar. Caso ocorreu no sábado (6/11), no munícipio goiano no Entorno do Distrito Federal, quando a mulher estava a caminho do trabalho. Ana Lúcia Faria Freire, 35, ficará com várias cicatrizes pelo corpo e precisará tomar remédios para dores por mais de um mês.
Ana recebeu alta do Hospital Municipal de Alexânia e vai se recuperar em casa, mas deve continuar voltando à unidade de saúde diariamente para receber medicação intravenosa. O objetivo é acabar com a dor excessiva. O deslocamento até o local é algo que preocupa a técnica, já que, atualmente, ela não consegue andar.
“Eu não consigo apoiar os pés no chão, por causa das feridas, e também não posso calçar sapatos. Tive liberação do hospital, mas como tenho que voltar todo dia, está muito complicado. Não consigo fazer mais nada sozinha. É um desconforto para me locomover para todos os lugares. Agora, é um dia após o outro”, pontua Ana Lúcia.
A mulher contou ao Metrópoles que ainda não pôde levar pontos nas feridas e aguarda uma segunda avaliação dos médicos para retirar os curativos e fechar os machucados. “É preciso primeiro tratar as infecções e só depois vou levar os pontos. Mas, a certeza que temos é que terei muitas cicatrizes desse ocorrido”, lamenta.
Trauma
Ana estava a caminho do trabalho quando foi surpreendida pelos cães, de apenas 9 meses, soltos na rua sem coleira e sem focinheira. Ao se aproximar da mulher, os animais primeiro a cheiram e, em seguida, iniciaram o ataque. As sessões de mordidas duraram cerca de 2 minutos, mas foram suficientes para deixar a vítima bastante ferida. Câmeras de Segurança flagraram o momento de terror.
Para Ana Lúcia, a cena traumática não sai da cabeça. Ela afirma nunca ter visto os cachorros pela rua, mas, agora, tem medo que aconteça de novo. “Foi muito rápido e eu não consegui ter noção de que os cachorros iam me morder, minha reação foi ficar quieta, mas estava com medo por saber que era uma raça agressiva. Nem o dono conseguiu conter os cães. É um trauma para o resto da vida”, relembra.
O ataque só parou quando um vizinho abriu o portão para que Ana Lúcia entrasse dentro da casa e se escondesse. Até lá, os cachorros não paravam de morder a mulher, que gritava por socorro.
O caso foi registrado na Polícia Civil de Goiás (PCGO). Ao Metrópoles, a delegada Silzane Bicalho informou que o dono do cães já foi ouvido. “Disse que era manso e foi um acidente. Ele responderá por lesão corporal culposa e omissão na guarda de animal feroz”, disse a investigadora. Para Ana Lúcia, o tutor garantiu que vai prestar todas as assistências.