metropoles.com

Sem acordo: metroviários recusam proposta do GDF e greve continua

Com 76 dias de paralisação parcial dos serviços, movimento paredista já é o maior da história da empresa. Categoria teme privatização

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
greve dos metroviarios
1 de 1 greve dos metroviarios - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os metroviários do Distrito Federal, em greve há 76 dias, decidiram manter a paralisação em assembleia convocada para a noite dessa segunda- feira (15/07/2019), em frente à estação Águas Claras. O objetivo era votar a proposta apresentada pelo governo para tentar pôr fim ao movimento paredista, mas a categoria decidiu permanecer de braços cruzados. Com 285 votos, os empregados da Companhia do Metropolitano rejeitaram o retorno integral ao serviço.

O Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô) informou que irá aguardar o julgamento do dissídio coletivo, marcado para esta terça-feira (16/07/2019) no Tribunal Regional do Trabalho. Os dirigentes da entidade não descartam a convocação de nova assembleia após a audiência no TRT para debaterem pontos conforme a sentença proferida.

Durante a votação, a minoria que optou por concordar com o fim da greve foi hostilizada pelos demais.

Um dos pontos mais criticados foi a possibilidade de privatização do Metrô e eventual transferência para órgãos do GDF. Segundo o Sindmetrô, os servidores estatutários têm menos benefícios, como salários médios menores, valor inferior no vale-alimentação, além de não contarem com plano de saúde, auxílio-educação e outras regalias que eles temem perder caso deixem de integrar os quadros da empresa.

Entenda a proposta do governo

O Executivo local aceita o pedido dos trabalhadores para que o novo ACT tenha dois anos de validade. Contudo, desta vez, o Palácio do Buriti não concordará com uma contraproposta e cobrará 80% dos dias parados. O texto abre brechas para uma futura privatização. Com a queda das viagens, os cofres públicos já deixaram de arrecadar R$ 8 milhões, e o sistema deixou de transportar 1,6 milhão de passageiros, na comparação com o mesmo período de 2018.

Desde o começo da greve, a principal demanda dos metroviários era a ampliação do ACT de um ano para dois. O Metrô, finalmente, decidiu atender a exigência. No entanto, a proposta do governo sugere mudanças na redação do documento. Pela nova versão, os empregados só poderão ser demitidos por motivos “justos”. “Considera-se justo motivo, independentemente de processo administrativo específico, a realização de Programa de Demissão Voluntária (PDV), liquidação, extinção, e/ou redistribuição de empregados para atuação em outros órgãos ou entes públicos do Distrito Federal”, sugeriu o GDF, na ata.

Nesse contexto, a polêmica reside na possibilidade de redistribuição. Afinal, o plano de privatizações do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), promete a transferência de empregados das estatais para outros órgãos públicos. O PDV também é uma ferramenta comum em processos de concessão. Outro ponto controverso da proposta é a compensação diária de 80% dos dias parados. Neste caso, os trabalhadores teriam abono de apenas 20% do período de greve. Por outro lado, o GDF ampliou o reajuste para auxílio-alimentação, refeição e ressarcimento de plano de saúde, de 4,67% para 6%. O Metrô, também, promete a incorporação da carga horária de seis horas para o contrato de trabalho dos pilotos.

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?