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Youtuber monta plano cinematográfico, sequestra amigo e é preso pela PCDF

Mãe e filho foram sequestrados e mantidos reféns em cativeiro, em um barraco na zona Rural de São Sebastião

atualizado

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Rodrigo
1 de 1 Rodrigo - Foto: Reprodução

A Delegacia de Repressão a Sequestro (DRS) da Polícia Civil do DF desvendou um crime digno de roteiro de cinema. Um famoso youtuber brasiliense, especializado em automobilismo e com milhares de seguidores em seu canal, foi preso, acusado de arquitetar o sequestro do próprio amigo, também aficionado por automóveis. O objetivo era arrancar dinheiro da família da vítima, que é um empresário de Brasília e morador do Lago Sul

Segundo a investigação da PCDF, o youtuber, conhecido como Rodrigão, teria contratado dois capangas para cometer o sequestro. Ele teria, ainda, contado com a ajuda de um amigo hacker. O esquema foi desvendado pela Operação Muy Amigo, deflagrada por agentes da DRS.

O suspeito tem um canal no YouTube com 69,3 mil inscritos. No Instagram, ele acumula  47,7 mil seguidores. Ele era amigo da vítima, justamente por conta da temática de seus canais: automóveis. E se aproveitando da intimidade que tinha com a família sequestrada, Rodrigão passou a levantar informações a respeito do patrimônio do amigo e da mãe dele, ambos empresários.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, a família anunciou a venda de um lote localizado no Lago Sul, bairro nobre da idade, e Rodrigão deu início à execução do crime.

O plano consistia em raptar a mãe e o amigo, forçando um deles a efetuar o pagamento do resgate para libertação do outro. O acusado, por conhecer as vítimas, atuaria somente nos bastidores, coordenando a ação criminosa.

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Barraco ficava em São Sebastião
Delegacia de Repressão a Sequestros atua no caso
Polícia Civil do DF trabalha com algumas linhas de investigação, a principal delas envolve subtração de incapaz
Na creche improvisada, ficavam crianças com menos de 3 anos de idade
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Cativeiro onde a família foi mantida refém

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Barraco ficava em São Sebastião

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Delegacia de Repressão a Sequestros atua no caso

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Polícia Civil do DF trabalha com algumas linhas de investigação, a principal delas envolve subtração de incapaz

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Na creche improvisada, ficavam crianças com menos de 3 anos de idade

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Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um amigo de Rodrigão, especializado em tecnologia, fingiu ser corretor de imóveis, ligou para uma das vítimas e combinou um encontro para conhecer o lote, às 10h do dia seguinte, 3 de junho de 2020.

No horário combinado, mãe e filho chegaram ao local, onde o falso corretor os aguardava. Neste momento, ambos foram rendidos, com o uso de uma pistola, e levados para um veículo. Lá, estavam os dois comparsas, que efetivariam o sequestro e vigiariam o cativeiro.

Ao ser amarrada, a vítima mais jovem reagiu e tentou fugir. Foi então que o sequestrador decidiu levar também a mãe dele para o cativeiro. Os pertences das vítimas foram deixados em um lugar pré-combinado com o youtuber, que pegaria os objetos em seguida.

Um barraco na área rural de São Sebastião foi utilizado como cativeiro. As vítimas foram separadas e interrogadas exaustivamente, durante todo o dia, a respeito da capacidade financeira da família. O plano era libertar um dos dois, para providenciar o pagamento do resgate de quem fosse mantido refém.

Diante dos questionamentos, os sequestradores entenderam que o patrimônio da família estava concentrado em imóveis, o que impossibilitaria uma transação financeira de alto valor em um curto espaço de tempo. O objetivo do bando, segundo a PCDF, era manter o sequestro por, no máximo, dois dias.

Frustrados, Rodrigo e o amigo hacker decidiram libertar mãe e filho, por volta das 23h, dizendo que ligariam posteriormente para cobrar uma alta quantia em dinheiro, o que não ocorreu. As vítimas decidiram não registrar boletim de ocorrência, por medo, e optaram por deixar o país imediatamente, mas foram convencidas por um amigo a procurarem a DRS, que iniciou a investigação.

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Repressão a Sequestro

Um dos suspeitos foi preso no dia 21 de julho. O youtuber e um dos sequestradores contratados por ele foram detidos dois dias depois.

Aos agentes, os suspeitos detidos apontaram o amigo da família como mentor de todo o sequestro. Ele, porém, nega a participação. Um quarto envolvido foi identificado, mas continuava foragido até a última atualização desta reportagem.

Com o desfecho da investigação, a família desistiu de sair do Brasil.

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