“Vou matar”, disse suspeita pouco antes do crime da 309 Norte
Em mensagem, Rafaela Teixeira pediu uma arma a conhecido para assassinar Luís Eduardo. Justiça decretou a prisão de dois envolvidos
atualizado
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A Justiça decretou nesta sexta-feira (21/4) a prisão preventiva de dois acusados de matar o motorista Luís Eduardo dos Santos Lobo, 34 anos. A dupla Eduardo Adrien Cunha Neto e Rafael Arcanjo Gomes de Abreu já é considerada foragida pela polícia.
Mensagens de celular enviadas por Rafaela Teixeira de Souza, 28 anos, que está presa, confirmam a tese de que o assassinato foi premeditado: “Deu merda. Vou matar. Me ajuda!”, disse ela, ao pedir uma arma a um conhecido poucas horas antes do crime.
A polícia trabalha na identificação de um quarto suspeito. Os investigadores apresentaram à Justiça as transcrições das mensagens trocadas pelos suspeitos, assim como as provas levantadas pela 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), responsável pelo caso. Fotos e cópias de vídeos foram anexadas ao pedido de prisão.
Luis Eduardo será enterrado nesta sexta no cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. Ele foi morto com um tiro no pescoço durante um tiroteio na 309 Norte, por volta das 6h30 desta quinta (20).
Confira alguns trechos das conversas encontradas no celular:
A mulher também enviou uma mensagem de voz para o homem que ela trata como “Sobrinho” no Facebook. Ouça:
Confira a transcrição:
Rafaela: Sobrinho, me ameaçaram, ameaçaram meu namorado com uma arma. Eu consegui uma aqui. E duas facas. Cês tão de mi-mi-mi. Eu sei que cê não quer que eu faça isso. Mas agora, véi, vai rolar.
Crime registrado por câmeras
Rafaela aparece nas imagens das câmeras de segurança abaixando a cabeça dentro do carro, como se tivesse levado um tiro de raspão, mas isso não ocorreu. O suspeito de casaco claro que aparece nas imagens, segundo a polícia, é Rafael Arcanjo Gomes de Abreu, conhecido como Índio. Ele é morador da Granja do Torto e seria um traficante.
Os homens usaram uma arma longa calibre .38 para cometer o crime. Um deles disparou duas vezes contra a vítima. Luis Eduardo, que estava com uma pistola .380 e revidou o ataque, segundo a Polícia Civil, tinha passagens por dano ao patrimônio, tráfico de drogas e violência doméstica (Lei Maria da Penha). Já ficou preso nos anos de 2007, 2010 e 2016.