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Vítimas do DF relatam prejuízos de até R$ 200 mil com Kriptacoin

Segundo os relatos, acusados de integrar o grupo criminoso chegavam até a ameaçar quem os cobrasse

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Operação Kriptacoin
1 de 1 Operação Kriptacoin - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Operação Patrick, deflagrada na manhã desta quinta-feira (21/9) pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf) em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), caiu como uma bomba na capital do país. Mais de 40 mil investidores podem ter sido lesados e correm o risco de não receberem de volta o dinheiro aplicado na moeda digital Kriptacoin.

A operação foi noticiada em primeira mão pelo Metrópoles. A reportagem conversou com algumas vítimas, que, desde o começo do ano, relataram problemas ao tentar sacar o dinheiro ou até mesmo acessar a carteira digital. Uma delas chegou a investir R$ 200 mil e não teve retorno. Ao cobrar, foi ameaçada pelos dirigentes da empresa.

Um homem, que pediu para não ser identificado, diz que trocou uma lancha por 4 mil moedas digitais. Cada uma cotada a R$ 23,23, o que totaliza mais de R$ 90 mil.

No entanto, no momento em que ele foi operar a sua conta no site da empresa, não conseguiu ter acesso ao dinheiro, pois estava bloqueado. Na ocasião, um dos presidentes da empresa chegou a alegar que o sistema tinha sido alvo de hackers e que “quem estivesse atuando contra a empresa ia pagar com sangue”.

Outro investidor também denunciou, em maio, que investiu R$ 12 mil. A quantia foi paga em espécie para o executivo Hildegarde Melo, um dos presos na operação. O cliente, entretanto, só conseguiu ter acesso a 1% do que havia sido prometido.

Outra pessoa que alega ter sido lesada pela Kriptacoin é um homem que vendeu um carro da marca KIA, no valor de R$ 33 mil, e não conseguiu ter acesso às moedas — cerca de 1 mil. Quando procurou a empresa, a vítima foi informada de que o problema tinha sido provocado por um ataque de hacker ao sistema.

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Os presos foram encaminhados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE)
Cerca de 40 mil pessoas investiram na moeda falsa
Empresas foram cadastradas em nome de laranjas
Polícia fez buscas na casa de um dos alvos, no Guará
Mandados também foram cumpridos em Águas Claras
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Além dos presidentes da empresa, os diretores também foram alvo da polícia

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Os presos foram encaminhados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE)

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Cerca de 40 mil pessoas investiram na moeda falsa

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Empresas foram cadastradas em nome de laranjas

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Polícia fez buscas na casa de um dos alvos, no Guará

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Mandados também foram cumpridos em Águas Claras

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Foram expedidos 13 mandados de prisão

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O esquema movimentou R$ 250 milhões

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Operação Patrick
A ação deflagrada na manhã desta quinta-feira pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público do DF e Territórios investiga a venda da moeda digital Kriptacoin, da empresa Wall Street Corporate. Os investigadores cumpriram 13 mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão no Distrito Federal, em Águas Lindas de Goiás e Goiânia.

O grupo é investigado por suposto esquema de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e por crime de pirâmide financeira. Segundo o MP, atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos.

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