PM aposentado conhecido como “Véi da 12” é baleado no DF
Ele teria reagido a um assalto. Houve troca de tiros. Os suspeitos fugiram do local
atualizado
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Conhecido por ostentar uma arma calibre .12 e realizar muitas apreensões de drogas e armas, o sargento aposentado da Polícia Militar José Carlos Bonina, o “Véi da 12”, foi baleado na madrugada desta segunda-feira (30/12/2019), em Ceilândia. O caso ocorreu próximo ao Sesc. Ele estava parado dentro do carro. Dois suspeitos armados anunciaram o assalto e o policial reformado reagiu.
Houve troca de tiros e o sargento foi baleado na clavícula. Os suspeitos fugiram do local e ainda não foram localizados. O militar da reserva foi levado para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) onde passou por procedimento cirúrgico e está consciente e estável.
Câmeras de segurança de um prédio próximo ao local registraram o momento do crime.
As imagens mostram o momento em que Bonina está dentro do veículo e dois homens se aproximam. Um deles saca uma arma que estava na cintura. Em seguida, o militar reage e abre fogo pelo para-brisas do veículo. Diante da troca de tiros, os ladrões se separam e correm para lados opostos. Um deles aparenta ter sido baleado.
Mesmo atingido, o militar desce do carro e caminha antes de se sentar encostado em um muro.
Operação Hórus
Em 29 de maio, Bonina foi alvo de busca e apreensão durante a Operação Hórus. Policiais civis e promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) foram até a casa do militar para cumprir o mandado expedido pela Auditoria Militar do Distrito Federal. Os investigadores apuravam o envolvimento de PMs em grilagem de terras no Setor Habitacional Sol Nascente.
“Hoje é o dia mais triste da minha vida. Estava no curso e recebi a ligação da minha filha. Ela me disse que a Polícia Civil e a PM estavam na minha residência. Sei que isso é politicagem. Eu não sou envolvido com grilagem ou corrupção. A única coisa que faço lá é a entrega de frutas e verduras para a comunidade”, disse o militar, em um vídeo divulgado nas redes sociais no dia da operação. “Sou um homem de fé, mas, nessa hora, meu camarada, tem que chorar. É uma perseguição que eu já estava ciente”, ressaltou na época.
Nas últimas eleições, ele se candidatou pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) a deputado distrital, mas não foi eleito.