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Vídeo mostra momento da prisão de homens que ameaçaram juízes do DF

Dupla é acusada de ameaçar de morte políticos e magistrados do DF. A operação ocorreu nesta quinta-feira (21/05), no Lake Side

atualizado

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policiais
1 de 1 policiais - Foto: Reprodução

Vídeo obtido pelo Metrópoles mostra o momento em que policiais civis do DF e promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entram no apartamento que servia de escritório para dois homens acusados de ameaçar de morte juízes e políticos do DF. A operação ocorreu nesta quinta-feira (21/05), no Lake Side, residencial de luxo às margens do Lago Paranoá.

A dupla não resistiu à prisão. De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), Giancarlos Zuliani, existe a suspeita de que o dois façam parte de um grupo financiado.

“No endereço, funcionava um escritório de um grupo com pensamento antidemocrático voltado para a atuação do estado de sítio por militares. Eles têm várias cartilhas e material impresso nesse sentido e nós encontramos provas das ameaças com a lista dos e-mails de juízes. Não restam dúvidas do envolvimento e das ameaças generalizadas a integrantes do Judiciário e do Ministério Público”, destacou o titular da DRCC.


Ainda segundo a investigação, o grupo recebia financiamento. “Existem as pessoas que ficam direto no escritório produzindo vídeos para a internet e um porta-voz, que aparece nas gravações. Percebemos que são pessoas financiadas. Moram em um local com aluguel caro, possuem veículos e gastam combustível para rodar o dia inteiro divulgando o material. Eles não têm fonte de renda que justifique o padrão de vida no local. Eles próprios, informalmente, admitiram isso”, assinalou Giancarlos Zuliani.

A PCDF investiga a origem do financiamento para saber se há políticos ou partidos envolvidos. “Vamos identificar principalmente através da análise do computador. Aí, sim, vamos poder ter uma linha de investigação. Nesse momento, seria prematuro fazer algum tipo de afirmação quanto ao verdadeiro financiador do grupo”, explicou o delegado.

A gráfica que emitia as cartilhas também será alvo de investigação. Os acusados ainda não depoimentos. De maneira informal, assumiram que a “sentença de morte aos traidores da pátria”, assunto do e-mail enviado aos juízes, “naturalmente vai acontecer”.

Conforme a coluna Grande Angular revelou, nessa quarta-feira (20/05), os textos foram encaminhados para o e-mail de diversos juízes no começo da tarde dessa quarta (20/05).

“O Brasil chegou a um ponto onde não é mais possível resolver os problemas através da razão e do bom senso”, destacaram os suspeitos, na mensagem. “Por isso, convocamos a população para matar em legítima defesa de si mesmo e da pátria políticos, juízes, promotores, chefes de gabinetes, assessores, parentes, protetores e demônios de toda sorte (sic)”, assinalaram.

Um dos suspeitos tem 79 anos e foi identificado como Célio Evangelista Ferreira do Nascimento, que se apresenta como “Presidente Constituinte da República”. Em vídeo, ele faz ameaças a diversas autoridades, entre as quais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB): “Morte aos demônios“. O outro acusado preso é Rodrigo Ferreira, 40.

Entre os materiais apreendidos, há um pendrive com a etiqueta “Matar juízes. Matar todos”.

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Ameaças feitas a autoridades
Pen-drive foi apreendido pela PCDF
Suspeitos gravavam vídeos no YouTube
Operação PCDF
Dois homens foram presos suspeitos de ameaçar juízes de morte
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Célio Evangelista e Rodrigo foram presos em operação da PCDF e do MPDFT

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Ameaças feitas a autoridades

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Pen-drive foi apreendido pela PCDF

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Suspeitos gravavam vídeos no YouTube

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Operação PCDF

PCDF/Divulgação
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Dois homens foram presos suspeitos de ameaçar juízes de morte

Material cedido ao Metrópoles

Confira a íntegra da mensagem, que chegou por volta das 13h ao e-mail dos juízes:

Assunto: SENTENÇA DE MORTE AOS TRAIDORES DA PÁTRIA.

Aos políticos, juízes, promotores, mefíticos e vagabundos de toda sorte.

O Brasil chegou a um ponto onde não é mais possível resolver os problemas através da razão e do bom senso.

Por esse motivo, a partir de agora, serão resolvidos através da execução do ESTADO DE SÍTIO, sob comando do exmo. Gen. de Exército Walter Souza Braga Neto.

Por isso, convocamos a população para MATAR EM LEGÍTIMA DEFESA DE SI MESMO E DA PÁTRIA políticos, juízes, promotores, chefes de gabinetes, assessores, parentes, amigos, protetores, e demônios de toda sorte.

MATEM TODOS.

MATEM JUÍZES, MATEM PROMOTORES, MATEM DEPUTADOS, PREFEITOS, VEREADORES, PARENTES, FILHOS, NETOS E AMIGOS.

BASE LEGAL PARA A SENTENÇA DE MORTE

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TJDFT
A mensagem fala em “estado de sítio” sob o comando do general do Exército Walter Souza Braga Netto, chefe da Casa Civil da Presidência da República
Poderão ser retomadas sessões presenciais de qualquer natureza que não puderem ser realizadas on-line
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Valores de custo da Justiça do DF foram atualizados

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A mensagem fala em “estado de sítio” sob o comando do general do Exército Walter Souza Braga Netto, chefe da Casa Civil da Presidência da República

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Poderão ser retomadas sessões presenciais de qualquer natureza que não puderem ser realizadas on-line

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O texto encaminhado aos juízes fala ainda em  “estado de sítio” sob o comando do general do Exército Walter Souza Braga Netto, chefe da Casa Civil da Presidência da República, que repudiou o conteúdo da mensagem e o uso indevido de seu nome.

Em nota enviada à coluna Grande Angular, o ministro disse ainda que “solicitaria rigorosa apuração da autoria e responsabilização dos envolvidos”.

A Assessoria de Segurança Institucional do MPDFT também participou da operação e apura o recebimento de ameaças nos e-mails institucionais não só de juízes mas de autoridades e promotores de Justiça. Os suspeitos foram presos em flagrante pelo crime de utilização indevida de selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. A pena é de 2 a 6 anos de reclusão e multa.

De acordo com o delegado Dario de Freitas, os envolvidos podem ser investigados por crime contra a Segurança Nacional. “Ainda não realizamos a oitiva dos dois, mas, assim que concluirmos, teremos uma materialidade melhor sobre a possibilidade desse crime ser incluído na prisão dos dois.”

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