Travesti envolvida em assassinato no centro de Brasília é presa
Em depoimento, a suspeita confessou que participou do crime e apontou outras duas envolvidas
atualizado
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Policiais da 5ª Delegacia de Polícia (área central) prenderam, nesta quarta-feira (21/3), uma travesti envolvida na morte de Carlos Augusto Lopes Salazar. O corpo do homem de 35 anos foi encontrado na madrugada dessa terça (20) em um estacionamento do Setor Hoteleiro Sul. À polícia, a suspeita confessou a participação no crime e apontou outras duas envolvidas.
De acordo com o depoimento, a travesti matou a vítima após um desentendimento sobre um programa realizado. Câmeras de hotéis da região flagraram o momento em que as suspeitas fugiram. Um taxista ouvido pelo Metrópoles no dia do homicídio relatou que viu a movimentação das acusadas.
A carteira da vítima foi encontrada cerca de 100 metros de onde o corpo estava. Continha cartões e o documento do carro, que pertence a mãe de Carlos Salazar. O homem foi atingido por dois golpes de faca, um no peito e outro no ombro.
Perfil discreto
No prédio onde a vítima morava com a mãe, na 112 Norte, os vizinhos o descrevem como uma pessoa discreta. Não conversava muito com os porteiros e moradores.
“Eu vi o Carlos, ontem (segunda), por volta de meio-dia. Ele saiu para comprar marmita, mas esqueceu de levar as chaves. Abri a porta e ele subiu. Sempre foi muito reservado, na dele”, disse um vigilante. A família mora no local aproximadamente há quatro anos.
Ainda segundo os funcionários, Carlos teve o carro roubado há três meses, um Volkswagen Gol. “Foi aí que ele passou a usar o veículo da mãe (Honda Civic). Ela era muito cuidadosa com esse carro”, completou.