Sinpol muda de estratégia e lança campanha da PCDF sem bater no GDF
Material publicitário busca aproximação com a população e inclui até propaganda de um minuto no intervalo do Fantástico
atualizado
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Em uma desgastante queda de braço com o Governo do Distrito Federal na busca por reajuste salarial há quase seis meses, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol) anunciou, nesta quinta-feira (1°/12), uma mudança radical na estratégia: não vai mais atacar o governo e tentará se aproximar da população. A categoria preparou uma campanha publicitária que inclui até propaganda de um minuto no intervalo do Fantástico, no próximo domingo (4).
Com o tema “Quem cuida de você também merece cuidado”, a proposta inclui site, um vídeo que vai circular nas redes sociais, ações em bares de Brasília e propagandas em ônibus e veículos de comunicação. Os policiais já começaram a divulgar um teaser para instigar os brasilienses a assistir o vídeo completo a ser apresentado em um dos horários nobres da TV Globo.
À imprensa nesta quinta, os representantes do Sinpol explicaram que a proposta é mostrar o trabalho dos agentes e tentar convencer a população sobre a necessidade de valorização da categoria. Assim, na visão deles, seria mais fácil mobilizar o governo a atender as reivindicações da corporação. Os agentes também montaram um abaixo-assinado para a população se colocar ao lado dos policiais civis.
O presidente do Sinpol, Rodrigo Franco, explica que uma das propostas é mostrar à população o papel do policial civil. “Queremos mostrar que somos responsáveis pelas investigações e soluções dos crimes e que no DF temos uma das maiores taxas de resoluções do país. Para isso, a população precisa conhecer o nosso trabalho”, afirma. O sindicato não divulgou quanto gastou com a campanha publicitária.Reivindicações
Os policiais civis enfrentam um embate com o Executivo desde o meio do ano, quando começaram a cobrar reajustes salariais, aumento do efetivo e benefícios à corporação. Até agora, mesmo com pressões e até fechamento de delegacias em alguns horários, o GDF não apresentou propostas. A categoria quer o mesmo reajuste salarial que será aplicado à Polícia Federal, de 37%.