Servidores da Semob acusados de receber propina são presos pela PCDF
Dois auditores da Secretaria de Mobilidade foram presos na manhã desta quinta (5/10) pela PCDF e MPDFT
atualizado
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Dois servidores da Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), da Secretaria de Mobilidade, foram presos na manhã desta quinta-feira (5/10). A suspeita é que a dupla recebia propina. A ação é coordenada pela Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap) em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Um dos presos é o auditor Pedro Jorge Oliveira Brasil, que trabalhava no terminal do Gama. O Metrópoles apurou que a prisão dele é decorrente de um depoimento prestado na Operação Checklist. Ele foi apontado como líder do esquema.
Também foram interceptadas conversas, com autorização judicial, que mostraram negociação para o pagamento da propina. Há indícios de que a corrupção praticada pelos servidores também envolvia a fiscalização de transporte pirata. Os suspeitos poderão responder por corrupção ativa, passiva e organização criminosa.
“Embora as investigações sejam independentes, houve a interação entre as duas unidades policiais (Decap e Corf) para melhor elucidar a atuação desse grupo criminoso. As prisões e buscas de hoje visam ampliar e dar continuidade às investigações”, esclarece o chefe da Decap, delegado Virgílio Agnaldo Ozelami.
CheckList
A operação Checklist foi deflagrada em 1º de setembro contra irregularidades no transporte, principalmente rural, envolvendo servidores da secretaria e cooperativas. Segundo as investigações, os servidores pediam propina para liberar o Selo de Vistoria, que autorizava os veículos a rodar.
O documento indicava que o ônibus estava com pneus, óleo, freios, catracas e motor em boas condições, mesmo não estando, colocando a vida dos passageiros em risco. Em troca, recebiam dinheiro e até carros. Um cofre também foi apreendido e levado para a Corf.
Entre os alvos da primeira fase da Checklist estava o ex-policial militar Valdir Luiz de França, conhecido como Valdizão. De acordo com a polícia, ele seria responsável por uma cooperativa e pagava propina para poder circular. Também entraram na mira das investigações o diretor da Coopertran, Marcus Vinicius Lobo, e o motorista Weber de Jesus.