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Servidor assassinado no Guará II teria se recusado a correr e por isso foi morto, diz polícia

Eli Roberto Chagas morreu depois de levar um tiro na porta da escola dos filhos. Três homens foram presos. Trio mantinha página nas redes sociais onde ostentava armas e tirava onda

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1 de 1 15cdaa27-7698-4689-a523-1adf195ffaed (1) - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Presos na manhã desta quarta-feira (17/2), os três homens acusados de matar Eli Roberto Chagas, 51 anos, na porta da escola enquanto aguardava os filhos, no Guará II, são considerados extremamente perigosos pela polícia. Filype Espíndola, 22 anos; Milton Espíndola, 25, e Marcio Marçal, 35; cabeça da quadrilha especializada em roubar carros para desmanche, agiam no Guará, Núcleo Bandeirante, Park Way, Candangolândia, SIA e SOF Sul. Segundo a polícia, Filype, autor do disparo que matou o servidor, “confessou informalmente o crime dizendo que atirou porque a vítima não cumpriu a ordem de correr”.

“Eles são extremamente perigosos, não deveriam nem estar nas ruas. Publicam fotos de palhaços que se referem a assassinos de policiais. Ostentavam armas nas redes sociais”, disse o delegado Rodrigo Larizzatti, delgado-chefe da 4ª Delegacia de Polícia (Guará). A polícia destacou que eles postavam com frequência nas redes. Um deles, inclusive, utilizava um desenho de um palhaço com a frase “somos apenas uma praga que seu sistema criou” (foto). O trio se intitulou “fábrica de luto em busca do $$$$$”.

Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Quadrilha era especializada em roubo de veículos

Eli foi abordado pela janela do passageiro, passou a chave do carro e a pulseira que usava. Saiu do carro e abaixou, momento em que teria sido atingido. Após a repercussão do crime, os três se esconderam em uma casa alugada no Parque Marajó, em Valparaiso de Goiás. Após matar o servidor do Senado, Filype teria dirigido tranquilamente, relatou o delegado. Ainda de acordo com ele, a polícia identificou os criminosos há uma semana, mas devido aos trâmites judiciais, a prisão só ocorreu nesta quarta.

Ao contar detalhes do caso, o delegado destacou ainda que o grupo tinha uma meta de roubar um carro naquele 2 de fevereiro. Portanto, se não fosse Eli, a vítima seria outra pessoa. O policial disse, também, que o carro teria sido deixado do SOF Sul para “esfriar” e que não teria sido abandonado. Depois de deixarem o carro, eles seguiram para Goiás em outro veículo roubado, um Gol, na manhã daquele mesmo dia.

No momento da prisão, que ocorreu por volta das 6h, o trio não ofereceu resistência. No local, a polícia ainda encontrou porções de drogas e dois carros, que serão periciados para constatar se são produtos de roubo. De acordo com o delegado, Marçal, o cabeça da quadrilha, tem longa ficha criminal, que vai desde roubo a homicídio. Milton e Marcio tinham mandados de prisão em aberto.

 

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